Americando
Ao meu avô falecido em 7 de outubro de 2024

Parte I – Primeiras memórias.
“Por favor filho querido me escute pense bem
Seu velho pai quer lhe dá o valor que você tem
Você está na idade de alcançar a liberdade
De fazer sua vontade e tornar-se homem também.”
(Conselho ao filho adulto, Amado Edilson).
José Américo Rodrigues, também conhecido por Américo Miguel, sobrenome do pai, e pelo vulgo de “Arado”, pois muitas vezes fez sozinho serviços para duas ou três pessoas no roçado. É como ficou conhecido o meu amado avô…
A primeira imagem vinda à memória, de meu avô, me remete também ao meu bisavô, Francisco Miguel, pai dele. Creio que foi no ano de 1986, este meu bisavô foi se tratar na cidade de Juazeiro do Norte, onde à época eu morava com minha mãe, onde também nasci. Meu avô foi acompanhar o pai em tratamento médico, e ambos ficaram em minha casa. Ainda se a “fumaça da memória” em brumas não me traí, creio que eu morava com minha mãe e uma babá de nome Ester.
Minha mãe tempos depois disse que esse meu bisavô ficou com indiferença em relação a mim após o meu nascimento, uma vez que minha mãe era na época o que chamavam de mãe solteira, hoje mãe solo, ela e meu pai não se casaram. Este meu bisavô me chamava de “Boca de gamela” e dizia em meio a devaneios de sua doença “Esse Boca de gamela tá fazendo vergonha a minha neta”, no caso à minha mãe, devido a situação de como eu havia vindo ao mundo… Ao que escutei tempos depois do meu avô, este meu bisavô morreu entre outras coisas, de certo grau de loucura. Voltando à memória a qual me remeto, Francisco Miguel ou Chico Miguel como também era chamado, em determinado momento em seus devaneios bateu a faca na mesa da cozinha, eu estava nos braços de meu avô, mesmo assim tive medo, gritei e chorei. Lembro da imagem dele batendo a faca na mesa… Ficou na memória… A memória me transporta a lembrar destes flashes juntamente com outro momento com essas duas figuras, meu avô e meu bisavô. Foi justamente na manhã posterior ao falecimento de Francisco Miguel, meu bisavô, este morreu nessa estadia em minha casa no Juazeiro. Eu acordei no peito do meu avô, Américo Miguel. Ao acordar eu perguntei: ´Vô, cadê o véi?” ao que ele me respondeu “O véi morreu….”. Acho que ali, naquele momento, foi o primeiro sentimento de alívio emocional de medo que senti…
Estas foram as primeiras memórias sentimentalmente guardadas que tenho de meu avô José Américo Rodrigues, também chamado Américo Miguel ou Vulgo “Arado”! O bisavô também, por destino, estava nessas mesmas lembranças…
Por Américo Neto.
Contato: zeamericoneto@hotmail.com
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