Americando
AMERICANDO: Quem é Chico Katraca? – perguntam-me

A primeira vez que ouvi o nome de tal personalidade foi na cidade de Jucás, lá pelos idos de 2015, quando lecionei na Escola Estadual Luiza Távora. Um aluno durante a aula soltou este mantra: “Cavalo tem bucho, mas corre muito; mas se for no pneu, bola ou no indivíduo aí laisca…” e no final disse: “Chico Katraca!”. Muitos riram e eu não entendi bem o contexto, pois ele falava com outro aluno e eu não estava inteirado do papo. Sim, resolvi grifar com “K” para dar um tom acadêmico ao dito cidadão, imagine: “Quem alisa cachorro brabo fica sem os dedos” (KATRACA, 2025). Há outros tantos ditados filosóficos dessa personalidade um tanto quanto misteriosa, mas bem presente no contexto cultural, social, político, filosófico e se brincar religioso de Iguatu e região. Do nada você vai passando pelo Abrigo metálico em Iguatu e escuta um transeunte dizer: “Vacaria sem vaqueiro se perde na capoeira, já dizia Chico Katraca”, depois você desce a rua do mercado do peixe e escuta outra dita por um feirante “Fuxico só presta se tiver gaia, Chico Katraca tem dito”. Então eu passei a colecionar esses mantras e sempre os repeti em algumas situações que pudesse deixar o dia mais cômico junto a amigos, colegas de trabalho e familiares. Aí de uma hora para outra todos começaram a perguntar quem é esse tal de Chico Katraca!? Até a Elis, filha do Cabeleira, um amigo professor de Educação Física, me perguntou quem era Chico Katraca!? Depois de ouvir eu dizer: “Mulher bonita tem dono e gente feia é bom sair de casa só à noite, igual a morcego” (Chico Katraca). Então… fui pesquisar…
Fui ao estimável pesquisador das coisas que mata o povo de rir em Iguatu: Giovanni Oliveira! Perguntei sobre a origem de Chico Katraca, onde vive, onde nasceu, o que faz da vida, se ainda vive e qual o bar que ele frequenta? Ao que o estimado escritor, humorista e pesquisador das personalidades ilustres de Iguatu como Maria Paula, Caçote, Maria Taboca, Ureinha, Papa defunto, Miricó e tantos outros que não é bom nem falar! Oliveira me disse: “Chico Catraca com C é um biriteiro, filósofo, anarquista, antropólogo, cientista político. Ele descobriu que nossos políticos são honestos. Certa vez em Brasília ele viu dois políticos de partidos diferentes dividindo um táxi. Um levou o motor e o outro ficou com o resto.” Ainda perguntei onde Chico Katraca havia nascido. Ao que Oliveira me disse: “Nasceu no Sítio Cafundó! Nem a polícia sabe onde é!”. Aí lascou… Como vou descobrir quem é essa criatura!? Será se é um Homero em que vários ao longo das eras assim se intitulam Chico Katraca!?
Não me dei por vencido em minha busca pelo estimável cidadão. Fui ao GG, joinha, joiado, globalizado, o mago da Geografia e que tinha o Escort mais Chapolin Colorado do Iguatu! O Papa da cartografia que seguramente iria localizar o Chico Katraca em algum ponto cardeal sem precisar do Google Maps; o professor Jesseari Silva! Perguntei a Jessé quem era o estimado personagem que vem nos últimos tempos despertando a curiosidade de muita gente. Jessé me disse: “Conta-se que na enciclopédia editada na transacional iguatuense de Correinha: ‘Trata-se de ser totalmente inoplexo e sem jupitia’”. Aí lascou… ficou mais difícil do que a situação de um jacaré em frente a fábrica de bolsa… A quem eu ia perguntar mais sobre Chico Katraca?
Fui até ao estimável professor Deuzimar Uchoa. Ao que Deuzimar me disse: “Chico perdeu o dedo menor do pé numa catraca de bicicleta Gulliver, viajando de garupeiro, e ficou mancando no andar. Ele perdeu parte do dedo maior, ficou com trauma de bicicleta, só andava a pé. Mudava de residência quase todo mês”. Estou quase convencido de que Chico Katraca é uma criatura homérica. Aquele tipo de persona em que se tornou coletivo. Vários indivíduos se intitulam Chico Katraca e repetem seus mantras…. Mas… um cidadão lá de Jucás certa vez me disse que Antônio Moco ouviu de Cascata, que na última cheia do Trussu, Chico Katraca passou a noite pescando no sangrador. Teve gente lá em Suassurana que ouviu falar desse cidadão lá no açude pescando e dizendo alguns ditados. Esse cidadão lá de Jucás, que me contou a história, saiu para comprar um cigarro e disse que voltava para dizer mais coisas, mas não voltou… Agora minha alternativa é procurar Antônio Moco e esse tal de Cascata para descobrir o paradeiro de Chico Katraca. Enquanto isso, inventei de ir comer um pastel de Oliva no mercado e um bebo passou por mim e disse no meio da rua: “Em armazém de morcego quem não suga sangue morre de fome! Chico Katraca já disse felas das putas!”, alguns riram e eu fiquei a refletir sobre essa frase… Colecionei outras tantas, mas não estou convencido totalmente que Chico Katraca seja uma ficção ou um espectro temporal homérico. Ainda em minhas pesquisas me lembrei de Roberto Carlos do Iguatu. Passei a última semana rodando as principais ruas de nossa cidade para saber se Roberto me diz algo sobre Chico Katraca, Antônio Moco ou Cascata. A busca continua, não vou desistir, o Trussu logo, logo sangra e quem sabre ele apareça como já disseram tê-lo visto por lá, pois como diz o próprio Chico Katraca: “Quem procura acha, nem que seja pro espinhaço…”
Por Américo Neto
Email: zeamericoneto@hotmail.com
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