Iguatu
Alunos do curso de cabeleireiro desenvolvem projeto com catadores do lixão
O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC-Iguatu) finalizou na quarta-feira, 30, a formação de mais uma turma do curso de cabeleireiro. O diferencial na formação de mais 20 novos profissionais foi à implantação na grade pedagógica do projeto ‘Reciclando a Beleza’. A primeira edição do desenvolvimento do programa integrador era requisito crucial na obtenção de nota para o curso e voltado para os catadores e recicladores do lixão da cidade.
Cléber Cavalcante, professor e idealizador do projeto, ressaltou que o objetivo do ‘Reciclando a Beleza’ é resgatar a autoestima do público alvo através de ações que possibilitem o contato com os procedimentos corretos que devem ter com os seus cabelos. “Foi uma experiência incrível! Eles se surpreenderam com nossa abordagem e desconheciam as doenças relacionadas ao couro cabeludo. Nosso papel foi conscientizar e intervir caso a caso”, disse.
Reportagem repercutida na emissora
No período inicial do projeto, os articuladores buscaram uma primeira aproximação com cenário da pesquisa através da visita no lixão a fim de conhecer os grupos e os processos de trabalhos. Num questionário pré-elaborado construiu-se um perfil geral, composto por dados gerais da população, trabalho e renda, problemas de saúde e perspectiva de vida. “As entrevistas foram feitas no próprio aterro, onde os catadores nos descreveram dados que contribuíram para o andamento do projeto”, contou Cléber.

Grupo de catadores depois de receberem os cuidados dos alunos do curso de cabelereiro (Foto Thiedo Henrique/Mais FM)
Aprendizado
Cerca de 20 catadores se envolveram no cronograma de execução de 40 horas. O envolvimento dos alunos no projeto foi outro ponto marcante, segundo o professor. “Eles (alunos) tiveram receio de início muito devido ao lugar ser uma área de risco. Mas no decorrer souberam lidar com o fato e absorver a metodologia proposta. Acredito que barreiras foram quebradas”, disse Cléber.
Os catadores receberam tratamento capilar voltados para anticaspa, alopecia, antiqueda. Para elevação da autoestima foram ofertados embelezamento, coloração, hidratação, corte escova, alisamento e mechas. Cristiane da Silva, catadora, comemorou poder participar do momento. “Aprendi a tratar o cabelo e lavar bem, e que não fazer isso pode gerar doença. No meu trabalho às vezes pegava no lixo e tocava no cabelo sem saber dos riscos que poderia gerar”, contou.
Legado social
José Luna, aluno do curso de cabelereiro, acredita que o legado social deixado na comunidade será seguido pelos catadores. “Diante dos conhecimentos adquiridos e atualizados do curso e a relação entre os colegas o professor, cumprimos com o nosso papel social. Penso que deixamos uma ‘semente’ que será germinada”, afirmou.
De acordo com a direção do SENAC o projeto dará continuidade com demais turmas. “Apesar de o SENAC cobrar pelo custeio de cada curso ofertado, o andamento das atividades acaba se revertendo em serviços gratuitos e atendimento à população”, finalizou Cléber.
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