Policial
Acusados de crimes em série ouvidos em audiência de instrução

Os dois acusados do assassinato do estudante universitário Jheyanderson de Oliveira Xavier, 25, e outros três homicídios, foram ouvidos pela primeira vez em juízo, em audiência de instrução que aconteceu no fórum Boanerges de Queiroz Facó na última quinta-feira, 29.
Roberto Alves da Silva, 46, e Gleudson Dantas Barros, 29, estão presos na cadeia pública de Iguatu. Eles chegaram a confessar a participação dos crimes a polícia, numa complexa investigação da Delegacia Civil.
A audiência de quase cinco horas de duração foi direcionada somente ao caso Jheyanderson de Oliveira, assassinado no dia 19 de maio deste ano. Os inquéritos de Ane Jaqueline da Silva, morta em 30 de junho de 2017; Mikael de Souza Melo, assassinado em 12 de outubro de 2017, e Francisco de Assis de Lima (1º de dezembro de 2017), que também têm como suspeitos Roberto e Gleudson, tiveram os documentos remetidos à justiça na última semana e terão no futuro breve mesmo tramite judicial do “Caso Jhey”.
Na audiência, Gleudson Dantas chegou acompanhado de seu advogado. O réu negou em depoimento ter tido participação direta na morte do universitário. Ele chegou a afirmar que sua vida corria risco, tendo em vista que na noite da morte do Jhey uma cova para duas pessoas foi cavada e um disparo contra o seu pé efetuado por Sâmio Bessa, que cometeu suicídio no desenrolar das investigações, e executou o Jhey. “Na concepção da defesa, as provas colhidas no sumário de culpa na instrução processual dão conta de que a participação dele não ficou literalmente comprovada de que tivesse sido um dos executores”, afirmou Mário Leal, advogado de defesa.
A investigação da polícia aponta que a cova foi cavada para enterrar duas mulheres que Gleudson tentava levar ao sítio para executá-las. O tiro efetuado contra o pé do acusado foi disparado por Sâmio contra seu affair como forma de “brincadeira” no intuito de causar medo.
Na audiência, Roberto Alves, proprietário da casa onde ocorriam as mortes, se reservou no direito de não responder às oito perguntas feitas pelo juiz. Ele recebeu as orientações de um defensor público.
Presidida pelo juiz titular da Vara das Execuções Penais, Dr. Eduardo André, na audiência, foram ouvidas 8 testemunhas de acusação que foram arroladas pelo MP, além das três testemunhas de conduta da defesa.
O promotor Leydomar Nunes Pereira, titular da 1ª vara das execuções penais, que ofereceu a denúncia contra os acusados, acompanhou toda a audiência. Leydomar atua no processo como representante do Ministério Público. “Nós avaliamos que por meio das testemunhas que prestaram depoimentos, chegamos a muitos esclarecimentos e elucidações do crime. Nós entendemos que está mais do que cabalmente provada a participação de Roberto, Gleudson e do adolescente na morte do universitário”, disse o promotor.
Instrução criminal
A imprensa não teve acesso à audiência. Mas como prevê o rito judicial, é na audiência de instrução criminal que se consegue a produção da prova testemunhal, e também, pode ser através da audiência de instrução, em que poderia ocorrer a confissão.
Roberto Alves e Gleudson Dantas estão sendo acusados por homicídio triplamente qualificado, ‘motivo fútil’, ‘a forma cruel como a vítima foi morta’ e ‘sem chances de defesa’. Eles também responderão por outro crime: ‘ocultação de cadáver’. Contra Gleudson e Roberto pesa ainda o crime de ‘corrupção de menores’, e contra Roberto, ‘posse ilegal de arma’.
Próximo passo
Após a audiência, o próximo passo são as alegações finais que serão apresentadas pelo Ministério Público e a defesa para depois o juiz decidir se os dois vão a júri popular ou não. Após a fase das alegações finais, o juiz deve decidir se aceita ou não a tese de homicídio culposo. Caso o parecer seja favorável ao Ministério Público, que concorda com a conclusão das investigações da Polícia Civil e entende o crime como homicídio doloso – quando há intenção de matar -, os réus podem seguir para júri popular.
No Fórum
A rua onde fica situada do Fórum foi interditada para ser evitado um grande fluxo da via. Para manter a segurança os presos chegaram sob forte escolta de policiais e da secretaria de justiça. O delegado Regional Marcos Sandro que investigou boa parte do caso também acompanhou a audiência assim como familiares e amigos do Jhey do movimento “Levante Popular”. Os curiosos não conseguiram ver os acusados que chegaram e saíram pelos os fundos do núcleo judiciário.
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