Iguatu
Açude Trussu segue sem aporte em 2018

Os 24 reservatórios que compõem o Alto do Jaguaribe, dentre eles o açude Trussu e Orós, começaram o ano com 6,95 % da capacidade da bacia hidrográfica. Hoje os reservatórios da região estão com 10,4% de seu total. Os números fazem os comitês gestores, agricultores e população dos municípios que dependem dos açudes acenderam o sinal de alerta.
Anatarino Torres, gerente da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (COGERH-Iguatu), justifica os baixos níveis a um grande período de anos sem chuvas significativas. “Número baixo, mas não em decorrência do inverno desse ano. Foi mais pelos reservatórios já estarem secos, com capacidade baixa, e mesmo com o inverno bom não foi possível alavancar o percentual”, explicou.

O “Trussu”, abastece os municípios de Iguatu e Acopiara, e em 2018, não recebeu aporte hídrico – (Foto Thiedo Henrique/Mais FM)
De maneira pontual há boas notícias que alentam e diminuem o sofrimento de municípios de Campos Sales, Catarina e Araripe. Os reservatórios que abastecem esses municípios iniciaram o ano em volume morto ou até mesmo secos por total, agora registram volumes significativos. “O açude Rivaldo de Carvalho, João Luiz e Poço da Pedra que superaram a marca de 1mi de m³”, afirmou.
Inverno bom
Apesar de o inverno ser avaliado como bom até aqui, e com grandes possibilidades de ficar acima da média histórica para o estado como um todo, os números pluviométricos não têm se revertidos em níveis para os açudes do Alto do Jaguaribe, principalmente quando o planejado é um horizonte de reserva hídrica para dois ou três anos. “Está abaixo da expectativa da COGERH. Devemos ter todos os cuidados com os aportes, que garantem o decorrer de 2018, mas para as reservas do estado são preocupantes ainda. Trabalhamos com uma perspectivas de dois e três anos de garantia hídrica. Por mais que os níveis garantam 2018, não sabemos como será o inverno de 2019”, pontuou Anatarino.
Na Região Centro-Sul destaque para reservatório do Muquém, antes no volume morto, conta agora com 22% da sua capacidade, garantindo o abastecimento das cidades de Cariús e Jucás. O açude do Faé no Quixelô não tomou água nesse ano, já o Quincoé de Acopiara um pouco mais de 90 mil m3, dando 2% de sua capacidade.
Trussu
O açude Carlos Roberto Costa “Trussu” abastece os municípios de Iguatu e Acopiara, todavia no ano de 2018 não recebeu aporte hídrico, por falta de chuvas regulares na região. Um outro fator que contribui na pela atual situação do reservatório é pouca recarga por meio do rio Trussu, que tem a nascente entre os municípios de Catarina e Acopiara, e do rio Ereré, que possui nascente em Jucás.
Cenário desanimador
Anatarino explica como se dá o acompanhamento por parte da COGERH dos rios que desaguam nos reservatórios. “Temos conhecimentos das extensões dos rios. Mas não medimos a vazão. Por meio das redes sociais e mídias, acompanhamos as sangrias de barramentos e riachos que ficam ao longo do curso das águas. Mas podemos adiantar que as informações não são animadoras”, explicou.
Diante desse cenário de escassez hídrica, o Trussu está com 7,67% da capacidade de armazenamento que é de 268 milhões de metros cúbicos. O manancial começou o ano com 8,13 % e de lá até aqui não obteve recargas, e diversas oscilações. “Tivemos registro de aumento de 16 cm nesses três últimos meses e no último final de semana 9cm, mas são números irrisórios, tendo em vista que em dias de sol o reservatório perde 1cm por evaporação”, disse. Nesse mesmo período ano passado, o Trussu estava com 14% do volume total.
Orós
O gerente avaliou o açude Juscelino Kubistchek, “açude Orós”, que iniciou o ano em 6,15 % e hoje encontra-se com 9,46%, um saldo positivo de 64 milhões de m³. A recarga, conforme Anatarino, assim como os da maioria dos mananciais, é insuficiente para uma segurança hídrica futura. “Foi um bom aporte, mas é uma recarga que também não nos dá uma segurança futura. Ele aumentou 3%, de repente pode melhorar esses dados com as chuvas do final de abril e início de maio” ressaltou.
Economizar
Com os reservatórios em baixo volume ou sangrando, a palavra de ordem é economizar. “É de fundamental importância se usar a água de maneira adequada, consciente e racionalmente. Temos que cuidar, pois é um bem precioso”, alertou.
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