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Policial

Julgamento do caso Dandara terá ao menos 21 jurados; entenda como será a sessão

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O julgamento dos acusados de matar a travesti Dandara dos Santos ocorre nesta quinta-feira (5) no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. A sessão começa às 9h com no mínimo sete jurados. Sete serão sorteados para participar de toda a audiência.

No interrogatório, os cinco acusados serão ouvidos individualmente. Eles respondem por crime triplamente qualificado: sem chance de defesa à vítima, motivo torpe e crueldade. Enquanto espancavam Dandara, um dos acusados filmou o crime com um celular, imagem que foi compartilhada em redes sociais.

Depois do interrogatório, a defesa dos acusados fala por até duas horas e meia. Ainda pode haver réplica e tréplica, que pode levar até duas horas cada.

Após todas as partes envolvidas, será a vez de o júri emitir a decisão, que vai determinar se os réus são ou não condenados.

No total, 12 pessoas estiveram envolvidas no crime. Além dos cinco que vão a júri nesta quinta, dois estão foragidos e quatro adolescentes cumprem medidas socioeducativas. Um dos acusados obteve uma decisão na Justiça para impedir que ele seja julgado nesta quinta.

Espectadores
Além de advogados e promotores, o julgamento será acompanhado por 100 pessoas que se inscreveram para assistir à sessão. De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará, foram mais de 300 solicitações para ocupar um dos assentos.

O Tribunal de Justiça do Ceará divulgou a lista dos 100 selecionadas que poderão assistir ao julgamento no local. Confira a lista completa.

Ainda conforme o TJ, o critério utilizado pela Assistência Militar para a seleção foi “atender à representatividade dos diversos segmentos da sociedade que efetuaram o cadastro”.

Movimentos sociais LGBT

"Eu sonho todo dia com Dandara, mas não consigo ver o seu rosto. Já não consigo mais viver nesta casa, tudo me lembra ela. Também tenho medo de que esses assassinos venham se vingar do que restou da nossa família", desabafa a mãe de Dandara  (Foto: Arquivo Pessoal)

“Eu sonho todo dia com Dandara, mas não consigo ver o seu rosto. Já não consigo mais viver nesta casa, tudo me lembra ela. Também tenho medo de que esses assassinos venham se vingar do que restou da nossa família”, desabafa a mãe de Dandara (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante o julgamento, um grupo de ativistas que defende gays, lésbicas e travestis vai realizar um ato pedindo a condenação dos acusados. O ato é organizado pelos grupos Fórum Cearense LGBT e o Grupo de Resistência Asa Branca.

“Ceará é o quarto estado com o maior número de assassinatos com motivação LGBTfóbica do país. Vivenciamos um genocídio de travestis e transexuais. Somente no ano de 2017, o Ceará registrou 21 assassinatos de pessoas transexuais, 19 desses assassinatos aconteceram após o caso de Dandara”, destacam os organizadores da manifestação.

“O fato ocorrido com Dandara, com Hérika e com tantas outras, evidencia, mais uma vez, o cenário de completa vulnerabilidade social da população LGBT, sobretudo da população Trans, decorrente de ausência de políticas públicas concretas e permanentes dirigidas à essa população”, diz ainda mensagem.

Fonte: G1/CE

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