Tecnologia
Iniciativa transforma restos orgânicos em combustível e fertilizante
[caption id="attachment_12457" align="alignnone" width="600"]Em vez de irem para o lixo, restos de alimentos se transformam em água, fertilizante e biogás — biocombustível usado na produção de energia.
Aluno da UFMG envolvido no projeto faz a medição do biogás: a planta modelo gera 160 mil litros do combustível diariamente
Em vez de irem para o lixo, restos de alimentos se transformam em água, fertilizante e biogás — biocombustível usado na produção de energia.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) abriga a primeira Plataforma de Metanização de Resíduos Orgânicos (pMethar) do Brasil. Desde dezembro, as sobras de comida do maior restaurante do câmpus Pampulha da instituição, o Setorial II, mais conhecido como Bandejão, seguem para a planta de tratamento.
Diariamente, a unidade gera cerca de 500kg de resíduos de frutas, verduras, arroz, feijão e carne, entre outros alimentos. Com a iniciativa, a universidade conseguiu mostrar na prática que é possível reduzir a quantidade de resíduos enviada a locais como aterros sanitários e ainda gerar frutos. Também já virou exemplo para municípios e empresas.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), mais da metade (51,4%) de todo o lixo gerado no país é composto por matéria orgânica, sendo que apenas 1,6% recebe tratamento adequado. Uma das determinações do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é diminuir os resíduos orgânicos dispostos em aterros sanitários e, dentro desse contexto, a plataforma é uma aliada. “Reduzimos a quantidade de orgânicos aterrada, o impacto sobre o meio ambiente e ainda produzimos energia e outros subprodutos”, afirma o coordenador da pMethar, Carlos Chernicharo, professor associado do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG.
Ao chegar à plataforma, os restos de comida são direcionados a uma unidade de triagem, para a retirada de plásticos, metais, vidros e papéis que eventualmente estejam juntos. Depois de as sobras serem trituradas, há a adição de água. Essa mistura, que se assemelha a uma sopa, vai direto para o reator de metanização, também chamado de biodigestor. Nele, uma série de micro-organismos anaeróbios — entre eles, alguns comumente encontrados no estômago do boi — liberam enzimas e se alimentam desse substrato.
O resultado é a produção de biogás, formado por gás carbônico, sulfeto de hidrogênio e, principalmente, metano. À propósito, esse último é o principal componente do gás natural usado como combustível em veículos. No lugar de carros, o biogás produzido na pMethar é usado num motor para a geração de energia elétrica e térmica. A metanização dos 500kg de resíduos orgânicos gera até 160 mil litros de biogás por dia e, agora, a equipe está levantando o potencial energético da plataforma.
“A intenção é usar a energia para a operação da plataforma e injetar o excedente na rede elétrica da Cemig para diminuir a conta de luz da universidade”, diz Chernicharo, ressaltando que a pMethar não se encarrega de dar destino correto apenas ao subproduto biogás. Isso porque, do biodigestor, sai também um líquido com concentração de matéria orgânica aproveitado integralmente pela equipe da plataforma. A mistura segue para a unidade de separação de sólidos e líquidos, uma espécie de coador de café que separa a água do lodo biológico. O material sólido vai para um secador térmico, aquecido pela energia térmica produzida na própria unidade.
Fonte: CORREIOS BRAZILIENSE
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