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Utilizar celular o tempo todo pode causar “síndrome da vibração fantasma”

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Quase todas as pessoas que possuem celulares e os utilizam constantemente para se comunicar com conhecidos ou contatos profissionais já devem ter sentido a sensação de que o aparelho estava vibrando, mesmo que isso não tenha acontecido de fato. Isso pode ser resultado de uma condição psicológica que tem sido estudada recentemente, batizada de “síndrome da vibração fantasma”.

Estima-se que isso já tenha acontecido com cerca de 90% dos usuários de telefones móveis pelo menos uma vez na vida. Algumas pesquisas sobre o assunto indicam que a dependência que as pessoas criaram em relação aos celulares recentemente tem feito com que elas condicionem seus cérebros a ficarem constantemente alerta a quaisquer indicadores de atividade no aparelho.

Contudo, vez ou outra alguns sinais podem confundir a nossa percepção, causando a tal síndrome. De acordo com o Dr. Robert Rosenberg, que estuda o impacto da tecnologia no comportamento humano no Instituto de Tecnologia da Georgia, em Atlanta, tornou-se um hábito para as pessoas detectar a vibração de telefones. “É como usar óculos. Se alguém está tão acostumado com eles ao ponto de quase fazerem parte da pessoa, algumas vezes o indivíduo simplesmente esquece-se de que está os usando”, explica o pesquisador.

“O telefone no bolso é praticamente a mesma coisa. Através do hábito de manter constantemente o celular próximo e verificá-lo constantemente, o aparelho vira praticamente uma extensão do corpo da pessoa, que fica condicionada a perceber sempre que uma notificação ou vibração nova chega. Por isso, confundir esses sinais com outras sensações semelhantes se torna algo muito mais comum”, continua ele.

A síndrome da vibração fantasma foi identificada originalmente na época em que muitas pessoas utilizam pagers, durante as décadas de 1980 e 1990, mas com a popularidade massiva dos smartphones, ela se tornou muito mais frequente recentemente. Além das ligações e mensagens pessoais, a quantidade de notificações vindas de jogos, redes sociais ou outros aplicativos a que cada usuário está exposto constantemente só agrava a situação.

Enquanto alguns especialistas relacionam a síndrome a pessoas com problemas de ansiedade, o Dr. Rosenberg acredita que isso na verdade é uma resposta desenvolvida por nossos cérebros devido ao contato constante com tecnologia. Ele acredita que isso não chega a ser um problema, contanto que não chegue ao ponto de interferir seriamente na vida da pessoa. Variar a forma de carregar o celular (no bolso, em uma mochila, etc) e deixar o aparelho de lado de vez em quando pode evitar que a sensação se manifeste.

Fonte: TECMUNDO

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