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Tempestade Daniel deixa 15 mortos na Grécia e mais de 2.500 na Líbia, evidenciando a crescente ameaça de “medicanes” devido ao aquecimento global

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A tempestade Daniel, que causou devastação em todo o Mediterrâneo na semana passada, matou 15 pessoas na região central da Grécia, onde as chuvas superaram recordes anteriores, antes de chegar à Líbia, onde mais de 2.500 pessoas perderam a vida em uma grande inundação.

À medida que a tempestade se deslocava ao longo da costa do norte da África, as autoridades do Egito procuraram acalmar seus cidadãos, dizendo que o Daniel finalmente havia perdido sua força.

No entanto, o aquecimento global levanta preocupações de que a região possa enfrentar tempestades cada vez mais intensas, conhecidas como “medicanes,” no Mediterrâneo, como apontam especialistas.

Na Grécia, a tempestade que se formou em 4 de setembro ocorreu após um período de calor extremo e incêndios florestais.

Já na Líbia, a cidade de Derna foi devastada pela água que desceu pelas colinas até um wadi — um leito de rio normalmente seco — rompendo duas represas de captação e inundando uma grande parte da cidade costeira.

Segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, pelo menos 10 mil pessoas estão desaparecidas na Líbia.

O secretário geral da Academia de Atenas, o especialista em clima Christos Zerefos, ressaltou que os dados da tempestade ainda não foram completamente compilados, mas estimou que a quantidade de chuva na Líbia foi equivalente à precipitação de 1.000 milímetros (1 metro) que caiu na região central da Grécia, na Tessália, em apenas dois dias.

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