Tasso reúne correligionários do centro-sul em pré-campanha do General Theófilo

Na intensa agenda de pré-campanha para o governo do estado em oposição ao governador Camilo Santana, o senador Tasso Jereissati (PSDB) reuniu correligionários na noite dessa quinta-feira, 06, no auditório da CDL de Iguatu. Por conta de outras agendas a reunião teve início mais de uma hora e meia após o previsto, mas mesmo assim garantiu a lotação do auditório.
O evento contou com a presença do deputado estadual Capitão Wagner, que também está em pré-campanha, mas para a câmara federal. O grupo também teve a presença de Roberto Pessoa, Raimundo Gomes de Matos e do vereador de Fortaleza, natural de Iguatu, Plácido Filho.
No apoio local o grupo foi recebido pelo ex-prefeito Hidernando Bezerra, o ex-vereador e pré-candidato a deputado federal Nelho Bezerra, entre outros correligionários de Iguatu e região.

Oposição isolada, mas resistente

O grupo de oposição tem como uma de suas figuras de maior expressão deputado estadual Capitão Wagner.

Durante o evento Tasso Jereissati destacou o isolamento da oposição diante do governo do estado, que, segundo ele, “colocou todo mundo no mesmo balaio com esse toma-lá-dá-cá”. Diante da perspectiva de ter palaque e tempo de campanha reduzidos por conta do pequeno número de partidos aglutinados pelo grupo, o senador afirmou estar tranquilo. “Agora nós dialogamos diretamente com a população, não temos negociatas, temos planos, temos propostas”, afirmou.
O pré-candidato do grupo ao governo do estado, Guilherme Theophilo, general de quatro estrelas, se mostrou disposto à nova empreitada e quando questionado sobre a experiência para o cargo destacou o currículo a serviço do exército em várias missões e na gestão e de grande volume de recursos e pessoas.

Recém-filiado ao PSDB, ele foi até 2016 comandante militar da Amazônia e esteve à frente do controle das fronteiras de uma das áreas de maior atenção para o tráfico de entorpecentes no País. Após dois anos, deixou o cargo e assumiu o Comando Logístico do Exército, responsável pela fiscalização e controle do armamento que chega ao território brasileiro.
Outro ponto explorado pelo general foi a questão da segurança, que, segundo ele, tem uma política fracassada. Theófilo também critica a falta de geração de empregos e até mesmo a política educacional.

Doutor Hildernando lembra parcerias com Tasso JereissatiFigura histórica do PSDB em Iguatu, o médico Hildernando Bezerra foi um dos primeiros a discursar, lembrando da parceria com o Tasso. Hildernando destacou 3 obras que para ele são das maiores já feitas em Iguatu e foram viabilizadas por essa parceria: o Hospital Regional de Iguatu, o Açude Roberto Costa (Trussu) e a vinda da unidade calçadista da Dakota.

Longa trajetória de serviço ao exército

Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira tem 63 anos e ingressou na reserva em março. Pelo menos quatro descendentes do general permanecem na ativa das Forças Armadas. Dos irmãos, cinco são militares, incluindo o general Estevam Theophilo, que foi comandante da 10ª Região Militar, no Ceará.

Filho de uma linhagem de militares que remonta à Guerra do Paraguai, no Império Brasileiro, Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira tem 63 anos e ingressou na reserva em março. Pelo menos quatro descendentes do general permanecem na ativa das Forças Armadas. Dos irmãos, cinco são militares, incluindo o general Estevam Theophilo, que foi comandante da 10ª Região Militar, no Ceará.
Único dos filhos que nasceu fora do Ceará, Theophilo é carioca, veio com a família a Fortaleza ainda na infância e estudou no Colégio Militar da Capital. Ingressou no Exército aos 21 anos e cumpriu trajetória descrita pelos militares como invejável, servindo em cidades como Natal, Cuiabá e Brasília.
Antes de se tornar general, fez parte do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, na primeira gestão do Governo Lula, mas foi no Comando Militar da Amazônia (CMA) que ele ganhou destaque. Durante sua gestão, mais de 500 militares estrangeiros participaram de simulação para formar diretrizes de socorro a vítimas em caso de catástrofes, no ano passado.
Batizado como Amazonlog, o trabalho ganhou repercussão na imprensa e Theophilo se mostrou desenvolto com veículos de comunicação. Em última entrevista em Manaus, publicada em 2016 no jornal A Crítica, Theophilo fez balanço do trabalho na região e falou também de política.
Questionado sobre os pedidos de intervenção militar no País, que à época pegavam carona nas manifestações pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o general considerou como “compreensível” a “insatisfação” do povo.
“O papel do Exército Brasileiro nessa conjuntura é respeitar a Constituição e agir de acordo com os preceitos da democracia. Atuaremos, se preciso for, para garantir o cumprimento da lei e a manutenção da ordem e o perfeito funcionamento das nossas instituições”, disse, antes de destacar a “extrema confiabilidade” do Exército Brasileiro.
Mais recentemente, antes de entrar na reserva, Theophilo fez parte do grupo que pensou a estratégia da intervenção federal implementada no Rio de Janeiro em fevereiro.