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Sindicatos, movimentos sociais de todo o Estado e população ocupam as ruas de Icó em defesa dos professores

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Na tarde dessa quinta-feira, 22, as ruas de Icó, a princesinha do sertão, foram tomadas por uma multidão marchando em defesa dos professores do município, que foram afetados pela medida da prefeita Laís Nunes que reduz seus salários pela metade. Representantes sindicais e de movimentos sociais estiveram presentes, além disso o comércio da cidade fechou as portas mais cedo e comerciantes colaram cartazes de protesto à medida da prefeita. A mobilização também repudiava a ação truculenta com que os professores foram tratados pela guarda municipal de Icó lideradas pelo secretário de segurança Geilson Lima, que disparou contra os professores.

Representantes de diversas entidades sindicais do estado e movimentos sociais estiveram fortalecendo o ato que teve também grande adesão da população de Icó.

O ato foi organizado pelos sindicatos de professores e contou com a adesão de outras entidades de classe do estado que se mobilizaram para estar em Icó e acompanhar a segunda votação do decreto 002/2018, que afetou a vida de mais de 300 professores.

Por volta das 16 horas teve início a caminhada pelas ruas da cidade, agregando também a população da cidade em apoio à ação. O comércio fechou as portas mais cedo em apoio ao ato e em repúdio à ação do poder público.

Comércio Fechado
O ato em defesa dos professores de Icó também deve grande adesão do comércio local, que baixou as portas mais cedo e em muitos estabelecimentos era possível ver cartazes e faixas de repúdio e indignação.

 

Recepção truculenta

Mais uma vez o secretário de segurança de Icó Geilson Lima recebeu os manifestantes de maneira truculenta. Foto: Portal Icó News

Um forte esquema de segurança foi montado para garantir a votação do decreto. O presidente da câmara e cunhado da prefeita Laís Nunes, Fernando Nunes, restringiu o acesso à casa legislativa e uma barreira feita pela guarda municipal.
A manifestação já havia percorrido as ruas da cidade quando se aproximou da barreira e foi prontamente recebida com truculência por parte da guarda municipal, novamente liderada pelo secretário de segurança Geilson Lima, que novamente fez uso do armamento não letal contra os professores.
Com a ação da guarda houve um início de tumulto e entre as pessoas atingidos pelo spray de pimenta estava uma senhora de 86 anos que caminhava no ato.
Após alguns minutos a situação ficou controlada, embora tensa.

O resultado da votação

Enquanto os participantes do ato se aglomeravam do lado de fora do bloqueio à câmara os vereadores votavam o decreto 002/2018, da prefeita Laís Nunes, que reduz pela metade os salários dos professores municipais.
Uma reunião entre o poder público municipal e o movimento dos professores, porém a prefeita Laís Nunes sequer estava na cidade e os representantes do poder público mostraram a intransigência em dialogar. O projeto acabou por ser votado na câmara, tendo o voto de minerva do presidente Fernando Nunes, cunhado de Laís Nunes.
Segundo representações dos sindicatos a Justiça será acionada para questionar a validade da votação. Além disso a resistência por parte dos professores deve seguir.

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