Automobilismo
Secretário dá brecha, e Fittipaldi cobra autódromo no Rio: “Tem que ser feito”
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Pedro Paulo Teixeira admite “dívida da cidade”, cita estudo de áreas em três bairros, mas vê construção somente a médio ou longo prazo: “Não dá para começar agora”


Emerson Fittipaldi e o secretário Pedro Paulo Carvalho Teixeira durante evento no Rio (Foto: Helena Rebello)
Pedro Paulo Teixeira admite “dívida da cidade”, cita estudo de áreas em três bairros, mas vê construção somente a médio ou longo prazo: “Não dá para começar agora”
Em toda oportunidade que tem, Emerson Fittipaldi aproveita os holofotes da imprensa para cobrar das autoridades a construção de um novo autódromo no Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira, em cerimônia que o anunciou como um dos Embaixadores Paralímpicos do CPB, o bicampeão mundial de Fórmula 1 recebeu uma brecha perfeita para um novo apelo público. Representando a prefeitura da cidade, o secretário de coordenação Pedro Paulo Teixeira cumprimentou os embaixadores um a um durante seu discurso e, na vez de Fittipaldi, soltou: “Estamos te devendo o autódromo, eu sei”.
Recebida com risadas pelo público, a declaração foi o gancho de que o ex-piloto de Fórmula 1 precisava. Após discursar sobre seu envolvimento com o movimento paralímpico, o paulista de 68 anos fez sua cobrança ainda no palco. Disse que esperava notícias sobre a construção do novo autódromo e que seguiria acompanhando de perto as ações do governo para reparar a demolição do Autódromo de Jacarepaguá, em 2013. Após o fim da cerimônia, realizada no Palácio da Cidade, Fittipaldi e Pedro Paulo conversaram brevemente em tom amigável.
– Ele me cobrou o novo autódromo. Não há dúvida que é uma dívida que a cidade tem. A prefeitura vem discutindo a possibilidade, mas claro que não dá para começar um projeto agora, com todo esse calendário que nós temos para o ano que vem com as Olimpíadas. Mas sem dúvida nenhuma a cidade sempre teve uma história de vocação para o automobilismo. É um objetivo nosso no futuro construir um novo autódromo – disse o secretário.
A construção de um novo circuito na cidade era parte da carta de compromisso com o Comitê Olímpico Internacional, em razão da demolição do Autódromo de Jacarepaguá para dar lugar ao Parque Olímpico do Rio 2016. O prefeito Eduardo Paes dizia que as obras dos Jogos só começariam quando a construção do novo circuito fosse iniciada. Em novembro de 2012, em Deodoro, a pedra fundamental do autódromo chegou a ser lançada e o traçado da pista, divulgado. A conclusão da obra estava prevista para 2014, mas a descoberta de minas no terreno e a exigência de um Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA) na área de Mata Atlântica onde a pista seria construída fez com que o Ministério do Esporte desistisse do projeto.
Apesar de ter nascido em São Paulo, Fittipaldi milita pela construção de um novo autódromo no Rio de Janeiro devido ao pioneirismo da cidade na organização de provas de automobilismo no país. As primeiras corridas organizadas com regularidade no Brasil tiveram o lendário circuito da Gávea como palco na década de 1920. Foi no traçado de rua de 11km que contornava o Morro Dois Irmãos que, em 1933, o Brasil passou a fazer parte do cenário internacional, ao ter a prova integrando o calendário oficial da FIA. Até a construção do autódromo de Jacarepaguá, a cidade teve ainda outros palcos para a prática da modalidade, como os circuitos da Barra e da Quinta da Boa Vista.
– A história do Rio em relação ao automobilismo é de muitos anos. O Rio tem que ter um autódromo, tem que ser feito. Foi prometido pelo governo quando se retirou o Autódromo de Jacarepaguá, que seria construído um novo, então vamos cobrar. Toda oportunidade é válida – disse o ex-piloto.
Apesar do cuidado para não fazer promessas, o secretário Pedro Paulo afirma que há estudos de área em Guaratiba, Marechal Hermes e Deodoro para que, a médio ou longo prazo, as obras possam de fato ser iniciadas. Ele afirma que o envolvimento de nomes de peso do país no automobilismo, como Fittipaldi, e uma parceria com alguma grande categoria, como a Fórmula 1, serão fundamentais para alavancar esse projeto.
– É importante que a gente possa trazer um evento de nível internacional para usar essa energia para a construção de um autódromo de primeiro mundo. Nós vamos conversar mais sobre isso, sem dúvida nenhuma juntar os grandes pilotos da história do Brasil para que a gente possa unir forças para pensar um grande evento. A Fórmula 1 está em São Paulo, mas o contrato expira, né? Quem sabe não pode voltar para o Rio, ou discutir a questão da Indy, ou eventos de automobilismo europeu… Tem vários novos eventos que podem vir para o Rio, e aí criar essa energia para que a gente possa fazer um novo autódromo para a cidade.
Desde 1973 no calendário da Fórmula 1, o GP do Brasil teve 10 edições disputadas em Jacarepaguá, com duas vitórias para o país através de Nelson Piquet. A última vez em que o Rio foi palco do evento foi em 1989, quando Nigel Mansell venceu pela Ferrari. Desde então o circuito de Interlagos, em São Paulo, recebe a categoria. O contrato atual expira em 2020.
Fonte: Globo Esporte
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