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Reinvenção do câmbio automático rende prêmio a brasileiros

A reinvenção do câmbio automático de veículos, por meio de um protótipo de CVT (sigla em inglês para transmissão continuamente variável), rendeu a dois brasileiros o prêmio de inovação em concurso realizado por empresa francesa do setor automotivo.

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A reinvenção do câmbio automático de veículos, por meio de um protótipo de CVT (sigla em inglês para transmissão continuamente variável), rendeu a dois brasileiros o prêmio de inovação em concurso realizado por empresa francesa do setor automotivo.

 

Para participar do 1º Valeo Innovation Challenge, cuja proposta é apresentar soluções arrojadas para automóveis do futuro, Alexandre Marques Bemquerer, estudante de engenharia mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Ana Carla de Sá Campos, pós-graduanda em perícia, auditoria e análise ambiental no Centro Universitário UNA, construíram um protótipo do invento, que está sendo aprimorado para testes.

“O projeto é mantido em sigilo enquanto registramos a patente. Assim que for concluída, temos interesse em apresentá-lo para montadoras e fabricantes”, diz Bemquerer. Segundo ele, o projeto tem forte apelo econômico. “Nossa estimativa é que essa CVT chegue ao mercado a um preço equivalente ao de um câmbio manual atual. As vantagens para o veículo são inúmeras. A primeira delas é que se trata de uma transmissão automática compacta e de baixo custo. Ela também conta com um sistema de controle eletrônico extremamente robusto, que comanda a transmissão, o motor e a embreagem do veículo, conseguindo otimizar o desempenho e a eficiência energética”, destaca.

No concurso em Paris, a dupla recebeu 100 mil euros como prêmio, depois de superar competidores de mais de 50 países. “A solução que desenvolvemos é totalmente inédita e extremamente promissora. Ela abre possibilidades para melhorias em diversos outros sistemas.” O desenvolvimento do projeto, segundo o estudante, começou por acaso, em uma aula sobre CVTs. “Para exercitar minha mente, resolvi tentar criar um modelo de CVT, enquanto assistia à aula. Já tinha algum conhecimento prévio sobre o assunto e comecei mapeando as limitações dos modelos existentes. Depois de esboçar, por algum tempo, algumas possibilidades, identifiquei uma solução plausível. Continuei trabalhando durante as férias, até que cheguei a um resultado satisfatório.”

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

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