Ceará

Redução de casos de Aids no Ceará é menor que a média nacional

Published

on

Redução em casos da doença no Ceará é mais lento que a média nacional.

O Ceará reduziu os casos de Aids em um ritmo mais lento que a média nacional entre 2012 e 2017. O número de confirmações do vírus caiu de 1.360 em 2012 para 1.232 em 2017, conforme dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde, no boletim epidemiológico de Aids e HIV.

A queda no estado foi de 9,5%, enquanto a média nacional no mesmo período de 16%. Em 2012, a taxa de detecção no país era de 21,7 casos por cada 100 mil habitantes e, em 2017, foram 18,3, uma queda de 15,7%.

O estudo mostra também que o Ceará tem a quarta maior incidência de Aids entre crianças com menos de cinco anos, com 10 caso para cada 100 mil habitantes. O estado empata com o Pará e fica atrás de Rio Grande do Sul (14 casos por grupo de 100 mil pessoas), Rio de Janeiro (13) e São Paulo (12).

HIV em bebês

O boletim mostra ainda a diminuição da transmissão vertical do HIV, quando o bebê é infectado durante a gestação. A taxa de detecção de HIV em bebês reduziu em 43% entre 2007 e 2017, caindo de 3,5 casos para 2 por cada 100 mil habitantes. O aumento de testes realizados na Rede Cegonha contribuiu para a identificação de novos casos em gestantes. Em 2017, a taxa de detecção foi de 2,8 casos por 100 mil habitantes.

Nos últimos 7 anos, houve ainda redução de 56% de infecções de HIV em crianças expostas ao vírus após 18 meses de acompanhamento. Os novos dados ainda mostram que 73% das novas infecções de HIV ocorrem no sexo masculino, sendo que 70% dos casos entre homens estão na faixa de 15 a 39 anos.

De 1980 a junho de 2018, o Brasil registrou 926.742 casos de Aids no Brasil, uma média de 40 mil novos casos por ano. O número anual de casos de Aids vem diminuindo desde 2013, quando atingiu 43.269 casos; em 2017 foram registrados 37.791 casos.

Tratamento

Segundo o Boletim Epidemiológico, da estimativa de pessoas infectadas pelo vírus no país, 84% estão diagnosticadas e, portanto, têm conhecimento do estado sorológico.

Embora essa taxa tenha se mantido de 2016 para 2017, o índice de pessoas em tratamento aumentou, passando de 60% para 75%. Até setembro de 2018, 585 mil pessoas estavam em tratamento para Aids no Brasil. Destes, 87% estão fazendo tratamento com o remédio Dolutegravir.

A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2020 é que o percentual de diagnosticados chega a 90%. Destes, espera-se que 90% façam tratamento e que 90% também cheguem ao nível indetectável de HIV no sangue — estado de tamanha baixa na concentração do vírus que a chance de transmissão do vírus é quase nula.

Atualmente, o Brasil tem 866 mil pessoas portadoras do HIV ou com Aids, segundo estimativa o Ministério da Saúde. Destas, 92% estão com o vírus indetectável.

“A pessoa que é indetectável não transmite o HIV. É um benefício pessoal porque não adoece e não morre, e não transmite o vírus”, disse a diretora do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis IST, HIV, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, durante o lançamento da campanha de prevenção ao vírus.

“A não transmissão do vírus quebra os estigmas. A pessoa que chega ao nível indetectável, domina o vírus.

O tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde.

Embora as taxas estejam aumentando em direção às recomendações da ONU, em termos numéricos, houve um aumento gradual no número de casos diagnosticados de HIV entre 2012 e 2017, passando de 491 mil para 731 mil pessoas.

Fonte: G1

EM ALTA

Sair da versão mobile