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Iguatu

Prefeitura de Iguatu registra 1.065 novas contratações em um mês e levanta suspeitas de nepotismo

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O aumento expressivo na folha de pagamento da Prefeitura de Iguatu tem gerado questionamentos sobre a transparência e a gestão dos recursos públicos. Dados oficiais apontam que, entre janeiro e fevereiro, o número de servidores passou de 3.461 para 4.526, um acréscimo de 1.065 novos registros. O impacto financeiro também chama atenção: os gastos com pessoal saltaram de R$ 13.772.839,93 para R$ 14.988.839,93, um acréscimo de R$ 1.215.574,64 em apenas um mês.

O crescimento repentino levanta suspeitas sobre a motivação das contratações, especialmente diante de denúncias de nepotismo e apadrinhamento político. Segundo relatos, parte dos novos servidores tem ligação direta com integrantes da gestão municipal, incluindo familiares de secretários, vereadores e aliados políticos.

Indícios de nepotismo

A ampliação da folha de pagamento ocorre em meio a denúncias de nomeações estratégicas para cargos comissionados, sem critérios técnicos e sem concurso público. Entre os casos relatados estão:

  • Filhos, irmãos e sobrinhos em cargos de confiança;
  • Cônjuges e parentes de vereadores ocupando funções estratégicas na administração;
  • Nomeações de aliados políticos e ex-cabos eleitorais sem experiência comprovada.

A prática fere os princípios da moralidade e impessoalidade, previstos na Constituição, e pode configurar improbidade administrativa, caso seja comprovado o uso da máquina pública para fins políticos.

Impacto nas contas públicas

Especialistas alertam que o crescimento desenfreado da folha de pagamento pode comprometer o equilíbrio fiscal do município. Caso o índice de despesas com pessoal ultrapasse o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a prefeitura pode enfrentar sanções, incluindo restrições para contratações e repasses de verbas.

Enquanto os gastos com folha aumentam, setores essenciais sofrem com a falta de investimentos. Obras inacabadas e paralisadas, problemas na infraestrutura, limpeza pública e dificuldades no atendimento à população contrastam com a expansão dos gastos com pessoal.

Órgãos de fiscalização devem investigar

Iguatu está perto do máximo permitido das cidades do Ceará que estão no limite percentual de gastos com pessoal e entre os dez municípios cearenses registram denúncias de falta de pagamentos a profissionais de saúde.

Diante do cenário, cresce a expectativa para que órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), investiguem as recentes contratações e possíveis irregularidades na gestão de recursos.

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