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PL inicia processo para expulsar deputado  Yury do Paredão que tirou foto com Lula e votou com o governo na Câmara 

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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, solicitou a abertura do processo de expulsão do deputado Yury do Paredão (CE) do partido. A solicitação foi encaminhada ao diretório do PL no Ceará. Apesar de fazer parte da legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Yury defende pautas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e já foi visto em fotos ao lado do petista, viajou com ministros do governo e fez o gesto do “L”.

Valdemar afirmou que Yury “parece não compartilhar dos ideais do Partido Liberal”. Essa declaração do presidente do partido recebeu críticas do líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), que alegou que Valdemar estaria agindo de acordo com o desejo de Yury.

“Presidente, você estará fazendo o que ele quer. Ele quer ser expulso para poder levar seu mandato. A melhor alternativa seria deixá-lo isolado: sem comissões, sem fundo partidário e sem diretórios. Um membro inativo no PL. E se ele tentar sair do partido, perderá seu mandato. Pense nisso!”, escreveu Jordy.

Ao longo do primeiro semestre deste ano, Yury fez repetidas manifestações de apoio ao governo Lula, elogiando a atual gestão e aliando-se a petistas no Ceará. A tensão entre o deputado e os membros do partido começou em maio, quando ele publicou uma foto ao lado de Lula e do ministro da Educação, Camilo Santana, ex-governador do estado.

O deputado André Fernandes (PL-CE), um dos mais fervorosos apoiadores de Bolsonaro na Câmara e no Ceará, fez um comentário indireto sobre o assunto. “Um deputado do PL que posa ao lado do maior ladrão da história do Brasil em uma foto deve ser expulso imediatamente do partido. Aqueles que têm ‘honra’ em receber Lula não têm honra para permanecer em nosso partido”, escreveu Fernandes.

Mesmo após esse episódio, Valdemar decidiu mantê-lo no partido e Yury continuou demonstrando apoio ao governo. Ele votou favoravelmente, por exemplo, à medida provisória (MP) dos Ministérios, contrariando a orientação do partido. Em julho, ele viajou com os ministros Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Comunicação Social) para inaugurar um novo sistema de transposição do rio São Francisco em Salgueiro (PE), onde também foi fotografado fazendo o gesto do “L” ao lado dos ministros.

Internamente, parlamentares que compõem a maioria bolsonarista no PL afirmam que congressistas como Yury do Paredão prejudicam o partido e que Valdemar não está sabendo conduzir a maior bancada de deputados na Câmara, composta por 99 membros.

O fato de um em cada cinco deputados ter votado a favor da reforma tributária, contrariando tanto a posição do partido quanto a de Bolsonaro, também tem causado desconforto entre esses parlamentares. Eles alegam que o PL deveria fazer parte de uma direita “genuína”.

Embora Yury não tenha votado na reforma por estar licenciado por quatro meses para tratar de “assuntos pessoais” e não estar recebendo remuneração durante esse período, ele continua exercendo a função de deputado. Nesse caso, caso seja expulso por decisão do partido, ele perderá apenas a capacidade de participar das comissões para as quais o PL o indicou. Atualmente, ele é membro efetivo da Comissão de Turismo e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre esquemas de pirâmide, e suplente da Comissão de Finanças e Tributação.

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