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Pimentel diz que Senado deve ter cautela na votação do impeachment

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O alerta do senador foi feito depois que o STF suspendeu o mandato do deputado Eduardo Cunha
O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), defendeu nesta quinta-feira (5/5) que o Senado tenha cautela nos próximos passos do processo de impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff. O alerta do senador foi feito em decorrência da decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender o mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

“Nós precisamos nos acautelar. É preferível que a gente conclua os trabalhos dessa comissão e, no plenário, aguardemos um pouco mais as decisões que o Supremo Tribunal Federal está tomando”, ponderou. Pimentel justificou sua posição afirmando que o STF pode tomar novas decisões que afetem o processo de impeachment em andamento no Senado. “Pelo discurso de grande parte dos ministros do Supremo, fica claro que este processo em curso no STF está longe de concluir o julgamento sobre todos os atos que envolveram a decisão da Câmara dos Deputados sobre o impeachment”, disse.

E o senador ponderou aos membros da Comissão Especial do Impeachment: “ouvindo os ministros do STF, durante o julgamento do caso Cunha, chego à conclusão de que é uma temeridade o Senado acolher a argumentação favorável ao impeachment vinda da Câmara dos Deputados. Isso ocorre porque o parlamentar que recebeu a denúncia, que presidiu o processo, que “convenceu” muitos dos deputados que votaram a favor do impeachment, termina de ser afastado do mandato por um rosário de crimes praticados ao longo da história”, argumentou.

Pimentel também destacou que a decisão do STF de afastar o deputado Eduardo Cunha confirma que o processo de acolhimento do pedido de impeachment, ocorrido na Câmara, “tem vício de origem”. “E quem diz isso hoje é o STF e não os deputados e senadores da base de apoio ao governo”, afirmou.

O senador concluiu sua manifestação afirmando: “hoje é um dia que entristece a política brasileira. Um dia que eu esperava não ver registrado na história do país, pois deixa profundas mágoas e, ao mesmo tempo, desentendimentos no parlamento que tem como finalidade conduzir uma nação que é a quinta população e a oitava economia do planeta e um povo que clama por justiça.”

Coordenador de Comunicação do senador José Pimentel

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