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PF vai apurar se houve genocídio dos ianômami

A Polícia Federal abriu um inquérito nesta quarta-feira para apurar se houve crimes de genocídio e omissão de socorro na assistência do governo federal ao povo ianomâmi, que passa por uma grave crise sanitária e de saúde em seu território em Roraima. Já o advogado-geral da União, Jorge Messias, anunciou a criação de um grupo especial para a proteção e defesa dos povos indígenas que, segundo ele, “foram abandonados à própria sorte” por um “projeto de omissão” do governo Bolsonaro. O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) também está preparando um relatório para identificar as violações de direitos contra os ianomâmis. A secretária-executiva da pasta, Rita Oliveira, cobrou ação contra o garimpo ilegal na região.
Para ler com calma. Como o garimpo ilegal, aproveitando-se da falta de controle, “esquenta” o ouro extraído de terras indígenas e o fornece ao mercado financeiro e a joalherias.
A futura presidente da Funai, deputada Joenia Wapichana, disse que a atual crise humanitária sobre os ianomâmis era uma “tragédia anunciada”. Ela conta que se reuniu em 2019 com o então vice-presidente Hamilton Mourão para relatar a situação do povo originário, mas nada teria sido feito.
A bancada do PT no Congresso tenta convencer o presidente Lula a apoiar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos ianomâmis, para investigar como a situação dos indígenas chegou ao estado atual. O presidente rejeitou a criação de outra CPI para apurar os ataques do 8 de Janeiro, argumentando que as instituições já apuram o caso na Justiça.
Em 1995, um livro escrito pelo coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto e publicado pela Biblioteca do Exército trazia uma preocupação que persiste ainda hoje na corporação, incluindo a Alta Cúpula do governo Bolsonaro. Intitulado A Farsa Ianomâmi, a obra afirma sem qualquer evidência, que os ianomâmi eram um “povo fictício”, e que havia um conluio entre ONGs e forças internacionais para separar os territórios indígenas do Brasil. Ainda no campo das fake news, uma publicação nas redes alega que os ianomâmi em desnutrição grave seriam da Venezuela, e não do Brasil. A Funai, o Ministério da Saúde e outros órgãos já desmentiram a postagem.
Meio em vídeo. O Brasil foi um dos onze países que propuseram a Convenção do Genocídio da ONU. O caso dos ianomâmi se encaixa como uma luva no texto da convenção. Cada vez são mais graves os temas com os quais o governo Lula terá de lidar. Não é hora, então, de Lula parar de comprar briga à toa? Confira a análise de Pedro Doria no Ponto de Partida.
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