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Pesquisa da Uece aponta alguns efeitos positivos do canabidiol no tratamento do TEA

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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) apontou que o canabidiol (CBD) pode trazer benefícios pontuais para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), especialmente no controle do comportamento disruptivo, agitação e ansiedade. No entanto, esses resultados ainda são considerados limitados, pois se baseiam em estudos com metodologias frágeis e pouca evidência científica. Segundo o coordenador da pesquisa, professor Gislei Aragão, a substância deve ser indicada apenas para casos específicos, quando não há resposta a tratamentos convencionais.

A análise se baseou em uma revisão qualitativa de estudos clínicos já publicados, avaliando a eficácia, tolerabilidade e efetividade do CBD no tratamento do TEA. O canabidiol foi considerado seguro para uso de curto prazo — entre seis meses e um ano —, apresentando efeitos adversos leves, como distúrbios do sono, irritabilidade e perda de apetite. Ainda assim, os pesquisadores destacam que a maior parte dos estudos existentes apresenta limitações, como ausência de grupo controle, amostras pequenas e grande variação na faixa etária dos participantes, comprometendo a solidez das conclusões.

O sintoma em que o CBD mostrou maior eficácia foi o comportamento disruptivo, que engloba atitudes como agressividade, irritabilidade, desobediência e dificuldade em seguir regras, frequentemente desencadeadas por frustrações ou sobrecarga sensorial. Também foram observados efeitos positivos no comportamento social, na agitação psicomotora e na ansiedade. A pesquisa alerta, porém, que a busca por soluções rápidas, muitas vezes influenciada por conteúdos nas redes sociais, pode levar famílias a adotarem tratamentos sem respaldo científico sólido, reforçando a necessidade de estudos mais rigorosos e de longo prazo.

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