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Moradia por assinatura: o que é e por que deve se tornar tendência

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A pandemia acelerou diversas tendências de comportamento do consumidor, entre elas a modalidade de moradia por assinatura. Já estabelecido nas regiões Sul e Sudeste do País, o conceito surge em Fortaleza como uma alternativa mais flexível e menos burocrática ao aluguel tradicional.

Assim como nos serviços de streaming audiovisuais, a moradia por assinatura funciona como um catálogo em que você seleciona onde quer morar e por quanto tempo, geralmente por curtas temporadas. Os imóveis já são mobiliados e equipados com aparelhos eletrodomésticos, artigos de cama, mesa e banho.

Para Apolo Scherer Filho, diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), a modalidade deve se tornar uma tendência, pois é um segmento que tem crescido bastante especialmente no setor do turismo, já que muitos visitantes, ao viajar, optam pela liberdade e menor preço dos aluguéis de curta temporada em serviços como Airbnb, por exemplo.

No entanto, Apolo não descarta a adesão também de moradores locais. “A princípio, esse serviço foi feito especialmente para locações de curtos prazos, mas eles estão se moldando para prazos mais longos”, explica.

‘Locação relâmpago’

Apolo explica que esse tipo de locação é conhecido, juridicamente, como relâmpago. “Na Lei, há um prazo máximo dessa modalidade, que é de 90 dias, mas não há um prazo mínimo, então está resguardada pela lei”, afirma.

Apesar de ser vantajosa por não ser tão burocrática e mais informal, o diretor do Creci explica que a alta rotatividade pode ser um problema para condomínios. “Por haver uma movimentação de diversas pessoas diferentes, pode gerar uma insegurança, especialmente em casos que o locatário não tem garantias sobre quando acontece algo com o imóvel”.

Modelo na Capital

O primeiro condomínio de moradia por assinatura de Fortaleza foi lançado em dezembro de 2020, pela Diagonal. O Connect Beira Mar Power By Housi é uma parceria da construtora com a Housi, startup que atua no segmento ‘on demand’.

“A gente quis mudar um pouco essa filosofia dos aluguéis nessa parceria, um novo jeito de morar com mais liberdade, mais praticidade. É uma nova pegada alinhada às demandas das novas gerações”, explica Anderson Almeida, gerente comercial da Diagonal.

Um levantamento do Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (Ipespe) de agosto de 2020 apontou que mais de 80% dos jovens, entre 16 e 24 anos, já admitem não se importarem com a compra de um imóvel.

Anderson ressalta ainda a vantagem para quem investir em imóveis dessa modalidade. “Os apartamentos são vendidos com toda a gestão e padronização da Housi, você não precisa se preocupar em anunciar seu apartamento, fazer manutenção ou receber os clientes. Além disso, a rentabilidade estimada é, em média, de 9% ao ano”.

Fonte: Diário do Nordeste

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