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Ministro da Defesa busca conciliação entre Lula e militares

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O ministro da Defesa, José Múcio, está atuando para estabilizar a relação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica depois dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Múcio busca agendar uma nova reunião entre o presidente e os comandantes até sexta-feira, antes de Lula viajar para a Argentina, no domingo. No dia seguinte aos ataques, houve um primeiro encontro e Lula demonstrou sua indignação com a inação das forças na Praça dos Três Poderes. Em café com jornalistas na semana passada, o presidente ainda declarou ter perdido a confiança em uma parcela dos militares. Ontem, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, almoçou com Múcio e os comandantes. “A ideia [da reunião com Lula] é discutir com a Defesa e as Forças Armadas para modernizá-las”, disse Costa.

O Ministério da Justiça tem, desde o início de dezembro, um dossiê com fotos e informações de militares que se associaram ao golpismo, revela Lauro Jardim. Trata-se de uma lista de coronéis e majores da ativa que deram guarida aos golpistas no acampamento de Brasília. As fotos foram feitas pela inteligência da Polícia Federal, que acompanhava os atos golpistas desde o início da transição do governo.

Enquanto isso, o governo federal exonerou 43 militares entre cabos, sargentos, soldados, um tenente e um coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, todos com funções de cuidar do Palácio da Alvorada e de outras residências oficiais da presidência, incluindo a Granja do Torto. O dispensado de mais alta patente foi o coronel da PM do DF Marcelo de Oliveira Ramos, mas a lista inclui pessoal da Marinha, Exército e Aeronáutica. A proteção de Lula durante a campanha eleitoral foi feita por agentes da Polícia Federal e, já na Presidência, optou por seguir com a PF em vez de nomear militares vinculados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Ainda no GSI, o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, enviou a Lula sugestões de novos indicados aos postos de secretário-executivo do GSI e de secretário de Segurança e Coordenação Presidencial. O general Ricardo José Nigri, chefe da área de Missões de Paz e Aviação do Exército, é o recomendado para ser o número dois da pasta. O general Marcius Cardoso Netto, atualmente na assessoria de gestão do Departamento de Pessoal do Exército, é o nome escolhido para a segurança palaciana e da família de Lula.

Mas Lula resiste a autorizar que o GSI volte a cuidar de sua segurança pessoal. Ele tem pedido alternativas para substituir os militares e Rui Costa diz que o governo estuda possibilidades com base em modelos de segurança institucional de outros países.

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