Policial
Mandante da maior chacina do Ceará pagou por habeas corpus em esquema criminoso, diz PF
Preso como um dos mandantes da Chacina das Cajazeiras, Deijair de Souza Silva, de 29 anos, foi um dos beneficiados com a venda de habeas corpus em um esquema criminoso de venda de solturas nos plantões do Tribunal de Justiça do Ceará. Conforme denúncia da Polícia Federal, presos pagavam até R$ 150 mil a desembargadores para garantirem a liberdade. Deijair foi solto em 7 de julho de 2013, um domingo.
Deijair é apontado com um dos homens que ordenou a maior matança já registrada no Ceará. Catorze pessoas foram assassinadas na chacina das Cajazeiras, em 27 de janeiro, quando um bando armado invadiu o clube Forró do Gago e disparou dezenas de tiros, conforme testemunhas. Segundo o titular da Divisão de Homicídios, delegado Leonardo Barreto, há “suspeita muito forte” de que o crime foi motivado por richa entre facções criminosas.
A operação Expresso 150 investiga a compra de habeas corpus para soltar criminosos nos plantões judiciais do Tribunal de Justiça do Ceará. Segundo a Polícia Federal, o esquema criminoso era negociado em conversas no WhatsApp, e eram pagos até R$ 150 mil pela soltura. O Tribunal de Justiça afastou juízes suspeitos de participação no crime.
Outros beneficiados
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Além de Deijair, outro suspeito de ter atirado e matado várias pessoas na chacina foi beneficiado com o esquema ilegal de venda de habeas corpus. Eles haviam sido presos durante a “Operação Boa Vista”, da Polícia Federal que investigava a venda e distribuição de drogas no Ceará.
Na ocasião da prisão, a PF apreendeu R$ 640 mil e 166,7 quilos de cocaína que seriam transportados de São Paulo para Fortaleza. As investigações da Operação “Boa Vista” desencadearam a “Operação Expresso 150” sobre a venda de habeas corpus durante os plantões do TJCE.
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As decisões eram negociadas por advogados dos réus e intermediadas pelos filhos e pela nora do desembargador por até R$ 150 mil. Conta nos autos que no dia 7 de julho de 2013, o desembargador Carlos Rodrigues Feitosa deferiu cinco liminares. Além dos já citados, foram beneficiados também Renan Rodrigues Pereira e Roberlano Barreira Nobre.
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Mensagem trocadas em aplicativo de celular revelam negociação para obter habeas corpus para criminosos mediante pagamento de até R$ 150 mil (Foto: PF/Reprodução)
Fonte: G1/CE
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