Iguatu

Iguatu 160 – Estrada das Boiadas e o desenvolvimento da cidade

[caption id="attachment_530" align="alignleft" width="919"]Foto: Reprodução/Facebook Tales Araújo[/caption]Comumente ouvimos falar na importância econômica de nossa cidade ligada à produção de algodão no século XX, quando a procura pelo produto disparou no mercado internacional em virtude da Guerra de Secessão americana e da Revolução Industrial inglesa, que demandava altas cargas do produto para as maquinofaturas sempre crescentes.

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Foto: Reprodução/Facebook Tales Araújo

Comumente ouvimos falar na importância econômica de nossa cidade ligada à produção de algodão no século XX, quando a procura pelo produto disparou no mercado internacional em virtude da Guerra de Secessão americana e da Revolução Industrial inglesa, que demandava altas cargas do produto para as maquinofaturas sempre crescentes.

Mas na verdade nosso desenvolvimento econômico se dá muito antes, ainda no século XIX, quando ocorre o desenvolvimento da cidade enquanto entreposto comercial. A “Estrada das Boiadas” passava por Iguatu, na época Vila da Telha, e isso foi de suma importância para o processo de desenvolvimento da cidade, que à época já se destacava como um ponto importante de cruzamento de rotas e do comércio dos mascates e vendedores fixos na cidade que desenvolviam uma considerável economia interna.

O ciclo do gado, do couro, a “civilização do couro” e do charque como diz-nos Capistrano de Abreu certamente teve seus maiores expoentes nas cidades de Aracati, e mais próximo de nós na cidade de Icó, importante centro de confluência das rotas da Estrada das Boiadas entre os vales dos rios Salgado e Jaguaribe.

No entanto, não podemos esquecer como a pecuária extensiva foi importante desde os primeiros anos de nossa ocupação, tendo em vista que os sesmeiros que para aqui acorriam vinham, sobretudo, para instalar fazendas de criar, usando a mão de obra híbrida dos vaqueiros e dos indígenas convertidos.

As charqueadas, como denominadas pela prof. escritora Valdelice Carneiro, o sistema de produção do charque para a exportação e consumo no mercado interno, também tiveram grande importância econômica no desenvolvimento da nossa cidade desde o século XIX, fortalecendo e ampliando o comércio interno e as relações entre a Vila da Telha e os demais centros produtores do gado para o corte do charque.

*Tales Araújo Duarte é professor da Educação Básica

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