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Governo apura denúncias de exploração sexual de crianças em terras Yanomamis

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Uma comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania recebeu denúncias de exploração sexual infantil em terras indígenas, com ao menos 30 meninas e adolescentes ianomâmis grávidas de garimpeiros. Segundo o Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente Ariel de Castro Alves, há também relatos de que seis crianças teriam sido acolhidas irregularmente por famílias não ianomâmis, com dois processos ilegais de adoção. As denúncias sobre adoção ilegal haviam sido feitas pelo Conselho Indígena de Roraima.

A Justiça Federal determinou que a Agência Nacional de Mineração leiloe a cassiterita extraída ilegalmente das terras ianomâmi, em Roraima, e que o valor arrecadado, estimado em R$ 25 milhões, seja utilizado para ações de combate ao garimpo ilegal e segurança do povo indígena no território.

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) suspendeu ontem a concessão de novas autorizações de acesso ao território ianomâmi até que termine a emergência em saúde pública de importância nacional (ESPIN) na região. Profissionais de saúde e saneamento e outros agentes públicos em missão nas terras indígenas não serão afetados pela medida, cumpridas exigências de segurança.

Em entrevista ao Meio desta semana Junior Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Ianomâmi e principal porta-voz de seu povo fala da enfermaria improvisada ao lado do aeródromo de Surucucu, em Roraima, o ativista descreve a Pedro Doria a real situação local e o genocídio que estão sofrendo. Muitas das tribos e aldeias estão sitiadas, tomadas por garimpeiros. “Crianças e adultos estão morrendo, mas as equipes médicas não conseguem chegar nesses pontos por falta de segurança”, denuncia.

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