Brasil
Falhas no sistema educacional explicam maus resultados do ensino no Brasil, diz especialista
O sistema educacional brasileiro será um dos principais temas a serem discutidos pelo debate público, em 2016. Já no próximo mês, as atividades do Senado Federal serão retomadas com a apreciação da Medida Provisória que reformula o Ensino Médio. A proposta pretende ampliar a jornada escolar e diminuir o número de disciplinas obrigatórias, focando o ensino em quatro áreas do conhecimento, sendo elas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.
O novo Ensino Médio, segundo o Governo Federal, tem o objetivo de melhorar a qualidade da educação no país. Em 2016, o Brasil não conseguiu cumprir algumas metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação, o PNE, como, por exemplo, matricular cem por cento das crianças de 4 e 5 anos nas escolas de todo o país. Outro compromisso não cumprido foi o de universalizar o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos.
De acordo com o vice-presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, José Ferreira de Castro, vários fatores foram determinantes para o não cumprimento da meta estipulada pelo Plano, entre eles uma espécie de interferência política na gestão do ensino.
“Nós temos um corporativismo sindical muito grande. Nós temos uma gestão de escola que tem a interferência política de A ou de B, que querendo ou não atrapalha a manutenção ou a destinação de pessoas especificamente preparadas e conscientes.”
Além de tudo isso, a educação no país tem registrado baixos índices de rendimentoem estudos que medem a qualidade do ensino. Neste ano, o movimento Todos pela Educação divulgou um relatório, constatando que apenas 7,3 por cento dos estudantes brasileiros atingem níveis satisfatórios de conhecimento em matemática, quando deixam o Ensino Médio. Uma das explicações para o péssimo resultado, segundo o vice-presidente da Confenen, é a falta de reprovação de alunos que não alcançaram um desempenho adequado durante o ano.
“Por outro lado, havia uma mentalidade de que todo mundo tinha que alcançar o mesmo nível, todo mundo tinha de ser promovido para frente nos estudos. Acabou aquela questão de reprovação. Não que a reprovação seja uma solução, mas nem todo mundo pode ir pra frente de um ano para o outro se ele não assimilou o mínimo necessário. O que nós estamos vendo é que tem gente concluindo o Ensino Fundamental I, concluindo o Ensino Fundamental II e o Ensino Médio e não é capaz de se expressar”.
Mesmo com o mau resultado ao fim do período escolar, a pesquisa do Todos Pela Educação mostrou um avanço geral do conhecimento dos alunos na passagem do Ensino Fundamental para o Ensino Médio. Em 2005, apenas 0,1 por cento dos municípios tinha mais de 75 por cento dos estudantes aprendendo o mínimo adequado. Esse índice saltou para 8,4 por cento em 2015.
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