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Entre Olhares: VIOLÊNCIA

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Há dias venho refletindo acerca desta palavra. Já imaginei os inúmeros significados, sentidos e expressões que esta palavra revela ou embute dentro si. Velada, explícita, mandada, encomendada, cultural, política, social, trabalhista, bairrista, nacional, internacional, jurídica, sexual, de gênero, doméstica, pública, psicológica, de classe, instruída, institucional, particular, comercial, multigeracional, inter racial, em fim, um cem número de outros adjetivos ainda devam existir.

Entendo que independente de qual seja o adjetivo a lhe qualificar, trata-se de um comportamento social exclusivo aos chamados “humanos” ou “racionais”. Não se tem notícias, ou ainda não chegou ao meu conhecimento, de atos desta natureza perpetrados por animais de outras espécies contra seus semelhantes. Quando muito, um espécime ataca outro de outra espécie seja para fins de auto defesa (plenamente legítimo) ou, no ato da caça para a própria alimentação, o que faz parte da saga da Cadeia alimentar.

No caso dos seres ditos “humanos” ou “racionais” o ato da violência pode ocorrer de forma induzida ou de própria intenção. No primeiro caso, são inúmeros os subterfúgios de ordem social que levam um ou mais indivíduos a cometerem ato ou atos de violência. Paixões coletivas (como o futebol, por exemplo), facções políticas (patos, coxinhas, pão com mortadela, dentre outros), religiosas (Estado Islâmico está se constituindo como exemplo clássico), criminosas (os inúmeros P’s que atuam dentro do Sistema Prisional do Brasil).

Por intenção própria e de caso pensado “humanos racionais” vitimam seus semelhantes com ou sem motivo aparente, inclusive falseando justificativas para convencer sobre o seu suposto direito de praticar o impraticável. A habilidade de convencimento é usada sem escrúpulos, muitas vezes transformando suas vítimas em algozes. Impressiona-me tamanha sutileza e sangue frio dessas pessoas. A Ciência, em sua pretensa e suposta imparcialidade procurar explicar esses acontecimentos, classificando seus autores de PSICOPATAS.

Com um curriculum altamente especializado na Área de Psiquiatria, com várias premiações,
a Doutora Katia Mecler publicou uma obra prima a respeito do assunto, em 2015, pela Editora Casa da Palavra, no Rio de Janeiro. São inúmeras as nuances comportamentais que levam estes indivíduos a praticar atos hediondos contra qualquer pessoa, sem o menor aparente motivo. Amigos, vizinhos, colegas de trabalho, chefes e superiores, parceiros de relações amorosas, maridos, esposas, parentes, filhos, sogras e sogros, genros e noras, em fim, quem menos se espera.

Na referida obra, a D.Sc. em psiquiatria expõe uma série de dicas para identificar, se proteger e conviver com essas pessoas. Ao que pude entender da leitura, ninguém está à salvo. Temos sim, mesmo sem admitir, algum grau ou comportamento compatível com um psicopata. Contudo, o que vai diferenciar uma mente sã de uma outra doentia é o grau, as combinações e frequências de determinados comportamentos. Independente de qualquer coisa, vale a pena conhecer o livro da Doutora Mecler.

*Por: Lucio José de Oliveira Oliveira

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