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DIREITO E CIDADANIA: DE VOLTA AO LOCAL DO CRIME
Com grande sobressalto, o mundo vê a consolidação do retorno de Donald Trump à Casa Branca, após o chamado “país da liberdade” descartar, pela segunda vez, a rara oportunidade de eleger, de forma inédita, uma mulher à Presidência da República.
A candidatura da democrata Kamala Harris, única mulher, após Hillary Clinton em 2016, a disputar as eleições com virtual possibilidade de chegar à Casa Branca, restou superada pelo declarado misógino, racista e xenofóbico Donald Trump, aquele mesmo que, derrotado na eleição passada, tentou enlamear a democracia norte americana, incitando seus correligionários a derrubar, pela força, o que ele não conseguiu nas urnas.
É o caso típico do criminoso que volta ao local do crime.
Volta, entretanto, sem disfarce, sem tentar ocultar o passado vergonhoso e sem se resignar a agir de melhor forma. Ao contrário, retorna espalhando discurso de ódio, atacando minorias étnicas e imigrantes e prometendo perseguição a adversários e contra todos que pensam diferente. E estes, Senhores e Senhoras, foram os atrativos para significativa parte do eleitorado preconceituoso que compõe aquele país e que agora se sente novamente representado.
E o que temos a ver com isso?
Bom, ainda que precisemos aguardar para melhor análise dos desdobramentos desse resultado para o Brasil, sendo o país do Tio Sam uma hegemônica potência mundial, o projeto ultradireitista de Trump reverbera em todo o mundo, inclusive aqui entre nós, e representa, em particular, o risco do fortalecimento de candidaturas fascistas para 2026, como vimos nas eleições de 2018 e 2022 com Bolsonaro. Quanto a isso, há incontida euforia em parte do eleitorado brasileiro, imaginando em tentar fazer aqui o que Donald conseguiu fazer lá.
Felizmente, não teremos o retorno do inelegível, mas é preciso que fiquemos alertas quanto ao surgimento de pretendentes ainda mais sinuosos e perigosos para nossa democracia, inspirados na insanidade e péssimo exemplo do republicano agora eleito.
Lembremos, Senhores, que a democracia requer nossa eterna vigilância, e, no momento atual, é ela a forma mais eficaz para tentar evitar os arroubos golpistas e antidemocráticos que esse exemplo americano pode trazer para o nosso país.
Romualdo Lima.
ex-Conselheiro estadual da OAB/CE
Conselheiro vitalício do Conselho da OAB – Subseção Iguatu
Procurador Federal
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