DIA DAS MÃES: Disputa pela atenção da mãe é comum entre filhos

A disputa pela atenção da mãe é um comportamento comum entre os filhos. Quem nunca teve ciúmes do irmão ou chegou a acreditar que a mãe tem entre eles um preferido?. Segundo especialistas, a ideia de não ser o queridinho da mamãe começa na infância e o primogênito, que até então era acostumado a ter a atenção materna exclusivamente voltada a ele, com a chegada do irmão mais novo, se sente o excluído da família. Esse pensamento acaba motivando uma mudança de comportamento como aconteceu na família do biólogo Welber  Almeida, de 29 anos .

“Nós somos três e eu sou o mais velho. Nunca tive muito ciúmes, mas a minha irmã do meio quando a mais nova nasceu, ela já tinha três quase quatro anos e já era bem desenvolvida, bem independente e começou a regredir. Ela começou a usar chupeta de novo, começou a chupar o dedo, queria mamar novamente e tinha um pouco de rejeição contra a irmã, sentia muito ciúmes.”

Comportamentos como o do biólogo Welber Almeida e de suas irmãs podem ser evitados. O psicólogo Marinaldo Santos afirma que é necessário preparar os irmãos para a chegada do bebê.

“Todas as atenções ficam pra esse irmão que chegou, e ele se sente menosprezado se sente rejeitado e vai perdendo aquela expectativa que tinha com  relação à chegada do irmão . Se houvesse um preparo para a gravidez, essa criança que ta chegando irmãozinho ou irmãzinha não vai tomar o lugar dele. É também para ter com ele o amor dos pais, que esse amor que ele já tem ele não vai perder, com certeza essa criança sentiria menos a chegada do irmão.”

A vendedora Antonieta Paz é mãe de Welber Almeida e, ao contrário do que afirmam os filhos, acredita que nenhum é melhor do que o outro.

“A gente gosta de todos. É todo mundo filho é tudo igual, eu não prefiro, escolho nenhum, mas tem mãe que acho que gosta, não sei. Tem um que é mais carinhoso, tem um que demonstra mais que o outro. Não sei, ás vezes, alguém se apegue com um filho a mais por causa dessas atitudes, mas não é o meu caso. Eu gosto dos meus filhos na mesma proporção.”

Dona Antonieta Paz não é a única mãe que afirma não ter preferências, mas segundo o psicólogo a predileção existe.

“E de fato acontece mesmo. Nós temos nossas preferências, porque não? Essa preferência evidentemente é sempre negada, mas no dia – a dia, no cotidiano a gente acaba dando mais atenção a um do que a outro. A gente houve a todo o momento a mãe dizer eu tratei todos iguais do mesmo jeito e na realidade quando a gente vai vendo, vai fazendo assim alguns questionamentos a gente percebe que de fato não foi assim bem igual que houve diferença no tratamento.”

Segundo o especialista, se os filhos cultivarem o ciúme da mãe podem têr problemas de auto-estima na vida adulta.