Ceará
Cidades do Nordeste que dependem de carro-pipa para receber água têm redução no abastecimento
Com a seca mais grave do Nordeste dos últimos 100 anos, parte dos municípios da região está sem água na torneira há um ano. Em Pedra Branca, no sertão cearense, o açude que abastece a cidade está sem água desde 2016, e os moradores dependem da distribuição em carro-pipa. Agravando ainda mais a crise, a Defesa Civil, que faz a distribuição nas áreas urbanas, reduziu o número de veículos entregando água devido a atrasos no repasse de verbas.
O abastecimento emergencial da Prefeitura de Pedra Branca é feito atualmente com seis caminhões-pipa. Se a operação da Defesa Civil estivesse funcionando plenamente, seriam 32 veículos no município. Com o corte, bairros que recebiam água diariamente estão recebendo água, no máximo, duas vezes por semana.
“Carro-pipa só dá cinco mil litros d’água. Não dá nem 10 minutos. Num instante acaba tudinho porque é muita gente [retirando água do ponto de abastecimento]”, diz a dona de casa Maria Aparecida. “Por isso é tanta correria quando a água chega”, completa o aposentado Manuel Vieira do Vale.
Situação de emergência
A Defesa Civil do Ceará afirma que continua à espera de R$ 19 milhões do Ministério da Integração Nacional para abastecer a sede dos municípios com situação de emergência decretada. O Ceará tem atualmente 115 dos 184 municípios com situação de emergência reconhecida; pelo menos seis deles já precisam do carro-pipa nos bairros.
“Esse recurso foi pedido já no final do ano passado pra gente já fazer uma programação pra esse ano. Estamos aguardando até o momento a chegada dele”, afirma o coronel Cleyton Bezerra, coordenador da Defesa Civil no Ceará.
A situação se repete em outras regiões do Nordeste: a Bahia espera desde abril uma verba de R$ 27 milhões aprovada pelo Governo Federal. No estado, 1,1 milhão de pessoas sofre com falta de água.
O último recurso enviado para o abastecimento com o carro-pipa na Bahia foi há dois anos, no valor de R$ 9 milhões.
Sem verba, até o Exército, que faz a distribuição nas zonas rurais das cidades do Nordeste, reduziu o abastecimento. Por conta da crise, gente como o aposentado Joel conta com o resto de água da chuva que acumulou no início do ano para todas as utilidades da casa.
“Pipa passou foi no mês de junho. Se não chover, eu vou usando essa daí; se acabar essa daí, eu tenho que ou mudar ou caçar jeito de comprar.”
Fonte: G1/CE
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