Ceará
Chuvas superam em 85% a média histórica para o mês
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Paisagem verde já aparece no sertão com as primeiras precipitações. Fotos: honório barbosa[/caption]Funceme registra precipitações em todas as regiões do Estado, com ocorrências em 125 municípios do Interior

Paisagem verde já aparece no sertão com as primeiras precipitações. Fotos: honório barbosa
Na madrugada de ontem voltou a chover no Ceará. A Fundação Cearense de Meteorologia e de Recursos Hídricos (Funceme) registrou chuva em 125 municípios. As precipitações superam em 85% a média histórica para o mês, que é de 23mm. Dados parciais mostram que, até ontem pela manhã, já havia chovido em média no Estado, 41mm. As previsões indicam para hoje mais ocorrência de pluviometria, mas de forma isolada no Estado.
O meteorologista da Funceme, Raul Fritz, explicou que as chuvas verificadas nesta sexta-feira foram generalizadas, atingindo todas as regiões do Estado. “As precipitações foram provocadas por um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, associado à Zona de Convergência do Atlântico Sul, que chegou ao Norte da Bahia e Sul do Piauí”.
O Vórtice Ciclônico impede a formação de nuvens no centro, mas favorece nas bordas e foi esse sistema que provocou as últimas chuvas no Ceará. “É possível que, no domingo, ocorra nova formação, mas de menor intensidade”, explicou Fritz. A Funceme somente divulga previsão do tempo para o prazo antecedente de 48 horas.
Segundo dados da Fundação, nesse período de pré-estação invernosa, a região Sul do Ceará (Cariri) é a mais beneficiada. Em 20 dias deste mês, já choveu 160% acima da média histórica para o período. Na região da Ibiapaba, o índice supera em 100% e no Sertão Central e Inhamuns, é de 149% a mais do que a média histórica. Na região Jaguaribana houve um acréscimo de 53%.
A Funceme registrou a maior chuva, ontem, em Nova Russas (145mm). Outras precipitações superaram o índice de 100mm. Ocorreram nos seguintes municípios: Graça e Cariús (132mm), Pedra Branca – Mineirolândia (115mm), Crato (112mm), Nova Olinda (109mm), Mucambo (108) e Ipu (105mm).
As chuvas neste mês trazem esperança para os agricultores de que em 2014, ocorram intensas chuvas. O meteorologista Raul Fritz, entretanto, adverte para o fato de que as precipitações de pré-estação (dezembro e janeiro) não têm relação com a quadra invernosa (fevereiro a maio). “É preciso separar as chuvas desse período com as precipitações do chamado inverno no Ceará”, observou.
A temperatura do Oceano Atlântico Sul ainda continua desfavorável para a ocorrência de uma quadra invernosa acima da média. No entanto, esse e outros fatores podem sofrer modificações importantes no decorrer dos próximos dois meses.
As previsões do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), anunciadas em novembro passado, indicavam maior tendência de ocorrência de chuva abaixo da média para o Nordeste nos meses de novembro, dezembro e janeiro. A realidade está demonstrando que as precipitações já superaram a média histórica para o mês de dezembro. No início da próxima semana, o CPTEC/Inpe divulga novas previsões.
Prognóstico
Na segunda quinzena de janeiro de 2014, a Funceme vai divulgar o primeiro prognóstico para a quadra invernosa de 2014. A cada mês, os dados serão atualizados. “Até março é comum ocorrer mudanças significativas”, explica Fritz. “Dessa forma, o modelo atual pode variar em fim de janeiro e nos meses seguintes”. “Um dos dados mais importantes é a localização da Zona de Convergência Intertropical, que favorece a ocorrência de chuvas no Ceará.
Em Iguatu, choveu por toda a manhã de ontem. No campo, os produtores rurais reacendem a esperança de intensas chuvas em 2014. “Tivemos enchentes em 1974, 1984 e 2004, além de bom inverno em 1994”, lembrou o agricultor, Manoel Dias. “Esperamos que em 2014 essa tendência seja mantida”, afirmou. O preparo de solo para o plantio das culturas de sequeiro e de sobrevivência (milho, feijão e arroz) começa pela região do Cariri, que é uma das mais beneficiadas com as primeiras chuvas que banham o Estado. O produtor rural, Mauro Peixoto, disse que no início de janeiro começa o serviço de preparo do solo com uso de tratores. O trabalho é mecanizado na maioria das áreas tradicionais de cultivo.
Fonte: Diario do Nordeste
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