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Ceará tem o 4º pior desempenho na vacinação contra a gripe do Brasil

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Desempenho do Ceará na vacinação ficou abaixo do Maranhão e Piauí. Estado registrou 10 casos de influenza, com quatro mortes.

Um balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira (3) mostra que o Ceará vacinou 412.908 pessoas contra a gripe neste ano. O quantitativo representa 23,3% do público-alvo, de 1.776.416 pessoas e representa o quarto pior desempenho na campanha de vacinação no Brasil. Até 23 de abril, foram registrados 10 casos de influenza no Ceará, com quatro mortes.

A vacina contra gripe reduz complicações que podem produzir casos graves da doença, internações, ou até mesmo óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Até o fim da campanha, 2.017.553 pessoas no Ceará deverão ser imunizadas contra a gripe. Essa população faz parte dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, que incluem 575.979 crianças de seis meses a quatro anos, 138.800 trabalhadores da saúde, 96.440 gestantes, 15.853 puérperas, 24.555 indígenas, 924.727 idosos acima de 60 anos, 212.753 pessoas com doenças crônicas, 24.557 adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas e população carcerária e 3.889 funcionários do sistema prisional em todo o Estado.

A meta de cobertura é a imunização de, no mínimo, 80% de cada um dos grupos prioritários para a vacinação, que somam 1.614.042 pessoas. Ao todo 2.270 postos fixos, além de 1.100 postos volantes estão instalados para assegurar vacinação a quem mora em locais de difícil acesso.

Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas, ou com outras condições clínicas especiais, também precisam apresentar prescrição médica, especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.

Vírus

O vírus influenza sazonal pode causar infecção branda a grave, inclusive morte. Entre as pessoas com alto risco de complicações graves estão as gestantes, idosos, crianças com menos de 2 anos, pessoas imunocomprometidas e pessoas com alguma comorbilidade. A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais.

Há três tipos de vírus influenza sazonais: influenza A, B e C. Atualmente, influenza A (H1N1), A(H3N2) e B são os subtipos sazonais em circulação. Os vírus influenza tipo C causam infecções mais brandas e estão associados com casos esporádicos. Por não ter impacto na saúde pública, esse tipo de vírus influenza não compõe a vacina sazonal contra influenza. Por recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina contra a gripe em 2016 protegerá contra Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.

Transmissão

A transmissão do vírus da influenza ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém‐contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz. A gripe comum, como é conhecida, pode levar a complicações graves e ao óbito, especialmente nos grupos de alto risco para as complicações da infecção. Em 2015 o Ceará não registrou óbitos por influenza.

Brasil

Em todo o Brasil, foram vacinadas 21,3 milhões de pessoas em 2016, o que representa 43,6% do público-alvo, mais da metade da meta que é vacinar, pelo menos, 80% das 49,8 milhões de pessoas consideradas de risco para complicações por gripe. Para a campanha, que vai até 20 de maio, foram adquiridas 54 milhões de doses da vacina que protege contra os três subtipos do vírus recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2016 (A/H1N1, A/H3N2 e influenza B).

Segundo o balanço, três estados e mais o Distrito Federal alcançaram as maiores coberturas vacinais até o momento: Amapá (78,11%), Distrito Federal (64,7%), Goiás (63,5%) e São Paulo (61,6%). De acordo com o Ministério da Saúde, até a sexta-feira (6), mais de 49 milhões de doses da vacina já terão sido enviadas às secretarias estaduais de saúde, o que corresponde a 93% do total de doses adquiridas para a campanha (54 milhões).

Fonte: G1

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