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Caso Moïse: últimas notícias hoje, 4, sobre a morte do congolês no Rio

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Até hoje, 4, três homens foram presos envolvidos no espancamento e na morte do imigrante congolês Moïse Mugenyl Kabagambe, de 24 anos de idade. Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o “Dezenove”; Brendon Alexander Luz da Silva, o “Totta”; e Fábio Pirineus da Silva, o “Belo”, foram detidos sob a ordem expedida pela juíza do Plantão Judiciário, Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), os acusados foram identificados após o depoimento de testemunhas que presenciaram o espancamento, feito com barras de madeira. Além das testemunhas, as imagens das câmeras de segurança do quiosque mostraram que três homens participaram da sessão de violência contra Moïse, que foi brutalmente agredido a pauladas, após o início de uma aparente discussão.

Moïse: confira as últimas notícias do caso hoje, 4
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Caso Moïse: familiares do congolês afirmam ter sofrido intimidação por PMs
Familiares do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos de idade, espancado até a morte na semana passada em um quiosque no Rio de Janeiro, afirmam que foram intimidados por dois policiais militares do 31º BPM, responsáveis pela investigação do crime.

As supostas ameaças, segundo os parentes do refugiado, ocorreram duas vezes pelos mesmos agentes, que os abordaram no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, em momentos que buscavam respostas sobre a motivação do assassinato. A informação da intimidação foi revelada pela Folha S. Paulo.

Segundo a família de Moïse, a primeira vez que os dois policias foram vistos foi na mesma noite do crime, dia 24 de janeiro. Imagens das câmeras de segurança do quiosque teriam filmado a dupla de PMs no local, no entanto, os recortes do vídeo das agressões, disponibilizadas pela Polícia Civil à imprensa, não mostram esse momento.

Por meio das gravações, três homens envolvidos no homicídio foram identificados e presos, sendo eles Fábio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luz da Silva.

Caso Moïse: a primeira intimidação por PMs, segundo família

Ainda de acordo com os parentes de congolês, a primeira intimidação ocorreu um dia após o assassinato. Em busca de informações sobre o caso, eles afirmam ter ido ao quiosque Tropicália conversar com o dono do estabelecimento e pedir para ele fosse à Delegacia de Homicídios (DH) prestar depoimento, o que até aquele momento ainda não havia acontecido.

No entanto, na ocasião, os dois policiais da noite anterior apareceram e começaram a pedir que os parentes de Moïse apresentassem seus documentos. Logo em seguida, os PMs pediram para que o dono do estabelecimento não desse nenhuma informação à família, já que a investigação seria realizada pela Polícia Civil. Após a inibição, os agentes exigiram que os parentes de Moïse fossem embora do local.

Caso Moïse: a segunda intimidação por PMs, segundo família

A segunda intimidação ocorreu no sábado da semana do assassinato, dia 29 de janeiro, durante um protesto em frente ao quiosque Tropicália. Na ocasião, cerca de 10 pessoas faziam o ato, quando foram surpreendidos novamente com a presença dos dois policiais, que voltaram a pedir documentos e a fazer perguntas sobre o motivo da manifestação. Os familiares de Moïse consideraram a abordagem e perguntas intimidatórias.

Caso Moïse: o que diz a Polícia?

Quando questionados sobre as supostas intimidações dos agentes, a Polícia Militar respondeu em nota que “todas as questões pertinentes ao caso estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital”.

Entenda o Caso Moïse

Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos de idade, nasceu na República Democrática do Congo, ex-colônia belga. Ainda criança, acompanhado dos irmãos, veio ao Brasil na condição de refugiado político. O jovem, em vida, era diarista em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e de acordo com testemunhas, em uma segunda-feira, dia 24/1 último, ele cobrou o pagamento de três diárias, pelas quais ele não havia recebido nada.

À ocasião da cobrança, Moïse, que atuava como ajudante de cozinha, foi espancado por pelo menos dois homens e veio a óbito no país que lhe havia acolhido. Conforme contou Yannick Kamanda, primo do jovem assassinado, Moise foi agredido às costas com taco de beisebol e, em seguida, teve as mãos e pernas amarradas para trás com uma corda e, assim, não pôde se defender. A mesma corda foi passada pelo pescoço do jovem, que, imóvel, teve suas costelas punhaladas com taco de beisebol e pedaços de madeira.

Os parentes do jovem só souberam de sua morte na manhã do dia 25 de janeiro, uma terça-feira, quase 12 horas após o assassinato brutal. A vítima foi enterrada nesse domingo, 30, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. O sepultamento foi marcado por protestos.

Fonte: O Povo

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