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Brasileiros enfrentam onda de reajustes: de impostos a serviços básicos, como energia e saúde

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O início do ano traz consigo não apenas a obrigatoriedade do pagamento de diversos impostos, como o IPTU e o IPVA, mas também a sombra iminente de aumentos em serviços essenciais. Nos próximos meses, uma onda de reajustes atingirá os consumidores, impactando diretamente seus orçamentos.

De março a maio, está previsto o encarecimento de itens fundamentais, como remédios, mensalidades dos planos de saúde empresariais e contas de energia elétrica. O aumento nas tarifas de energia está agendado para abril, com a correção tarifária anual a ser determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A expectativa é para a aprovação do percentual de reajuste solicitado pelas concessionárias, sendo a Enel Ceará a representante do estado.

Embora ainda não tenha divulgado sua proposta de revisão tarifária para este ano, a Enel deve se pronunciar em abril. Em 2023, as contas de energia no Ceará tiveram um aumento médio de 3,06%, sendo 4,6% para contas residenciais.

Para os consumidores, essa sequência de reajustes em diversos setores é motivo de preocupação. Vitor Borges, professor do curso de Finanças da Universidade Federal do Ceará (UFC), destaca que esses aumentos não condizem com a realidade salarial de muitos trabalhadores, representando um desafio para o equilíbrio do orçamento familiar.

Além dos impactos imediatos, há a preocupação de que o aumento na energia elétrica possa desencadear um encarecimento generalizado de outros produtos dependentes desse recurso, alerta Borges.

Enquanto isso, os preços dos medicamentos no Ceará enfrentarão o segundo reajuste do ano a partir de abril, com um aumento de 4,5% autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). A estimativa é de que, em 2023, os medicamentos já tenham registrado um aumento de 3% devido à alta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Os planos de saúde também não escapam dessa onda de reajustes. Prevê-se um aumento nas mensalidades nos próximos meses, o que pode restringir ainda mais o acesso aos serviços de saúde para muitas famílias. Diante desse cenário, surgem no mercado planos populares, com coberturas mais enxutas e preços mais acessíveis.

Com o reajuste médio dos planos empresariais podendo atingir até 25%, segundo projeções, e o aumento dos custos médico-hospitalares em 14,1% em 2023, a pressão sobre os orçamentos familiares tende a se intensificar.

Enquanto aguardam os desdobramentos desses reajustes, os consumidores se veem diante da necessidade de reestruturar suas finanças, priorizando itens essenciais e buscando alternativas para enfrentar esse cenário econômico desafiador.

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