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Apps estimulam estudo de idiomas

[caption id="attachment_3298" align="alignleft" width="500"]Professor de inglês, Roberto Costa (Foto:Reprodução)[/caption]Ferramentas online e aplicativos para celulares tornam fácil e prático aprender uma língua estrangeira.

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Professor de inglês, Roberto Costa (Foto:Reprodução)

Ferramentas online e aplicativos para celulares tornam fácil e prático aprender uma língua estrangeira.

 

Com livros eletrônicos de conteúdo interativo, sites em vários idiomas, vídeo-aulas online, tablets, smartphones, aplicativos móveis de tradução e outras ferramentas à disposição, aprender uma língua estrangeira hoje é, com certeza, uma tarefa mais fácil do que há 20 anos, quando a internet ainda não estava presente nos lares nem nas salas de aula. Mas, atualmente, mesmo com os avanços tecnológicos a favor do processo de ensino-aprendizagem, muito professores de idiomas ainda não estão incluídos tecnologicamente nem como usuários nem como facilitadores do acesso a esses recursos para seus alunos.

O professor Roberto Costa utiliza desde recursos como a lousa digital até aplicativos de redes sociais e de comunicação instantânea para trazer a prática da língua inglesa para o dia a dia dos alunos, mesmo fora da sala de aula.

O professor de inglês Roberto Costa, de 37 anos, arrisca dizer que 90% dos profissionais da área de ensino de idiomas ainda estão à margem da tecnologia. “Ainda não estão no século XXI”, diz. Para tentar aproximar os colegas do mundo digital, ele idealizou o evento “iTeach”, que será realizado na próxima sexta-feira, em Fortaleza, com oficinas (ou “workshops”, como diriam os amantes da língua inglesa) sobre o papel do professor de inglês neste novo século.

Costa comenta que, enquanto os alunos hoje são “nativos digitais”, a maioria dos professores ainda nem têm um e-mail. Enquanto para estes o único recurso audiovisual é sua própria voz e o giz na lousa, há para os iniciados no mundo digital as lousas interativas conectadas à internet, livros eletrônicos e plataformas de ensino baseadas na nuvem.

Hoje, com as plataformas digitais, há tecnologia que permite ao professor saber quanto tempo o aluno dedicou a um determinado texto ou tarefa, se ele completou a leitura de um livro digital ou se parou no meio. Tirar dúvidas com professores online ou com outros alunos também são vantagens da tecnologia.

Mesmo para os docentes de instituições que não contam com uma estrutura que exige alto investimento em tecnologia – como as lousas digitais -, há muitos recursos disponíveis que são acessíveis. Sites como o YouTube oferecem conteúdo gratuito a qualquer usuário – e podem muito bem serem aproveitados em sala de aula. “O YouTube é uma ferramenta essencial. Na verdade, é uma grande escola”, comenta Roberto Costa.

O professor utiliza também com seus alunos o aplicativos móveis de comunicação instantânea WhatsApp e Viber (disponíveis para smartphones) e da rede de compartilhamento de fotos Instagram. Com esses aplicativos, Costa cria grupos de comunicação em inglês, o que traz a prática do idioma para o dia a dia dos estudantes. “Isso aumenta a proximidade com o aluno e a aula se torna mais interessante”, relata o docente.

Além dos softwares comunicadores, os usuários de tablets e smartphones podem encontrar uma variedade de aplicativos voltados para que deseja aprender uma língua estrangeira. Um dos melhores é o Duolingo. Gratuito, na forma de site ou em aplicativo para iPhone, ele oferece uma plataforma interativa para que o usuário estude o idioma do nível mais básico ao mais avançado. A metodologia funciona através de tarefas que envolvem traduzir termos básicos, entender a pronúncia de palavras, escrever e pronunciar palavras e frases (a ferramenta capta a voz do usuário através do microfone da webcam ou do dispositivo móvel). Além de inglês para brasileiros, o Duolingo oferece aulas de espanhol, francês, alemão e italiano para quem sabe inglês.

Outra opções de aplicativos são o LinguaLeo (exercícios de aprendizagem), 50 Línguas (exercícios básicos de 50 idiomas), Bussu (que traz uma comunidade online para estudo de idiomas), Mindsnacks (usa jogos para ajudar a memorizar palavras) e o Google Tradutor (que além de traduzir frases inteiras ainda apresenta a pronúncia correta das palavras).

Para o professor Roberto Costa, a tecnologia e aplicações como essas jamais irão substituir o professor, mas servem como ferramenta para serem usadas por eles. “Aprender um idioma é uma aquisição de hábito”, diz o professor, lembrando que a fluência só vem com a prática no contato com outras pessoas.

Para Luis Von Ahn, professor da Universidade Carnegie Mellon (EUA) e criador do Duolingo, o meio virtual permite mais mensuração da qualidade da educação. “É mais fácil avaliar o desempenho individual pelo meio eletrônico do que era 20 anos atrás, quando tínhamos apenas um professor em uma sala com 20 alunos”, argumenta.

Mais informações

O evento “iTeach” será realizado na próxima sexta-feira, dia 24, no Teatro do Ibeu-CE (Rua Nogueira Acioly, 891 – Fortateza). Contato: (85) 4006-9999 ou 9954-1854.

 

Fonte: Diário do Nordeste

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