Curiosidades

Antigos desenhos podem desvendar segredos sobre a origem da escrita

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Pesquisadores da Universidade de Bolonha, na Itália, identificaram correlações entre desenhos de cerca de seis mil anos e sinais da escrita proto-cuneiforme, originária de Uruk, no atual sul do Iraque, por volta de 3.000 a.C. Segundo os cientistas, essas descobertas sugerem que as origens da escrita na Mesopotâmia estão representadas em cilindros, tábuas de argila e outros artefatos antigos.

Essa descoberta pode ampliar a compreensão sobre o nascimento da escrita, ajudando a decifrar sinais desconhecidos em proto-cuneiforme. A invenção da escrita marca a transição da pré-história para a história, e essas novas revelações preenchem a lacuna entre imagens pré-históricas tardias e um dos primeiros sistemas de escrita.

Uruk, uma das primeiras cidades da Mesopotâmia, foi um importante centro no quarto milênio a.C., influenciando uma grande região que ia do sudoeste do Irã ao sudeste da Turquia. Nessa região, foram criados selos cilíndricos, geralmente feitos de pedra e gravados com desenhos, que eram enrolados em tábuas de argila, deixando impressões dos desenhos.

A partir de meados do quarto milênio a.C., os selos cilíndricos foram usados como parte de um sistema contábil para rastrear a produção, armazenamento e transporte de bens de consumo, principalmente produtos agrícolas e têxteis. Foi nesse contexto que surgiu o proto-cuneiforme, uma forma arcaica de escrita composta por centenas de sinais pictográficos, muitos dos quais ainda são indecifrados.

A descoberta abre novas possibilidades:

  • O trabalho sugere que a relação entre representações antigas e a invenção da escrita no sudoeste da Ásia era uma hipótese.
  • Os pesquisadores compararam desenhos nos cilindros com sinais proto-cuneiformes, buscando correlações diretas na forma gráfica e no significado.
  • Essa abordagem identificou desenhos relacionados ao transporte de têxteis e cerâmica, que evoluíram para sinais proto-cuneiformes correspondentes.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Antiquity.

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