Iguatu

Agenor Neto não comparece à CPI do aterro pela segunda vez

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Na manhã desta segunda-feira, 14, deveria acontecer mais uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI, que apura as obras do aterro sanitário de Iguatu. O principal nome para prestar esclarecimentos, o deputado estadual Agenor Neto, porém, não apareceu.

Essa é a segunda vez que o deputado, que à época da obra era prefeito de Iguatu, não comparece à convocação. A última convocação foi em 3 de dezembro, mas o político afirmou não ter sido avisado com antecedência, tendo outros compromissos e enviou uma mensagem explicando o fato. Para a sessão de hoje a convocação foi feita com 3 semanas de antecedência e na noite deste domingo, 13, o deputado esteve na abertura do Iguatu Natal de Luz. Até o fechamento dessa reportagem o deputado não havia enviado nenhuma justificativa para a falta. Segundo uma fonte próxima do deputado ele teria viajado para Brasília.
Para o relator do processo, o vereador Mário Rodrigues, a ausência é uma afronta à população. “Nós só queremos esclarecer o destino do dinheiro que foi gasto nessa obra. Mais de 5 milhões de reais. Se o dinheiro fosse dele, tudo bem, mas o dinheiro é público. Ele tem que esclarecer os fatos”, afirmou Mário.
O relator afirma também que a comissão está procurando outros meios de trazer o deputado à CPI.
“Ele está se aproveitando porque tem foro privilegiado, porque se não tivesse a polícia já teria ido buscar, porque a população precisa de uma resposta sobre esse dinheiro. A gente lamenta a lentidão da justiça, porque esse caso já era para ter sido encerrado e os culpados punidos. Agora vamos procurar os meios legais para mostrar a verdade”, afirmou.
Presidente da CPI, o vereador Marconi Filho considerou a ausência uma falta de consideração com a população. “Se ele não deve, não deveria temer estar aqui, deveria colaborar para mostrar os fatos, mas vamos continuar com nosso trabalho”, disse Marconi.
 
 Entenda o caso
O Aterro sanitário de Iguatu foi construído durante a gestão de Agenor Neto para dar um destino adequado aos resíduos sólidos produzidos pela cidade e acabar com o lixão em uma das entradas da cidade, porém, apesar de concluído, nunca chegou a entrar em atividade por ter sido embargado pela justiça por questões ambientais. Segundo a avaliação, o aterro foi construído em uma área de lagoa, constituindo crime ambiental. Além disso a obra foi um dos alvos da Operação Fumaça, da Polícia Federal, que apurava desvios de recursos da Fundação Nacional de Saúde, FUNASA. Agenor Neto é um dos réus, juntamente com secretários de sua gestão, no processo que inclui suspeitas de desvio de recursos, superfaturamento de obra e fraude em licitação.
Acompanhe o caso
Aterro em situação de abandono e deterioração
Aterro volta à jsutiça por suspeitas de desvios
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