Regional
Acidentes fatais com moto aumentam 187% no Estado
[caption id="attachment_14644" align="alignleft" width="600"]Guiar moto sem capacete é uma das principais causas de acidentes com morte (Foto:Reprodução)[/caption]Falta de órgãos de fiscalização municipais de trânsito é apontada como uma das causas para o crescimento


Guiar moto sem capacete é uma das principais causas de acidentes com morte (Foto:Reprodução)
Limoeiro do Norte. Acidentes envolvendo motocicletas e motonetas correspondem a quase 35% do total de ocorrências no Estado. Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) registrados até agosto do ano passado. No período de 2003 a 2012, o número de vítimas fatais neste tipo de acidente cresceu 187%.
Para a coordenadoria de fiscalização do Departamento, as estatísticas são preocupantes. A principal causa desses acidentes, de acordo com o órgão, é a imprudência. Segundo o Detran, é no interior do Estado que há maior concentração de condutores de motocicleta sem habilitação. A frota de veículos de duas rodas é de pouco mais de 1,1 milhão, havendo registros de aproximadamente 600 mil pessoas habilitadas com a Carneira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A (exigida para conduzir moto).
Até agosto de 2013 foram contabilizados, em todo o Ceará, 6.164 acidentes envolvendo apenas motocicletas, contra 17.617 envolvendo outros veículos, como carros, caminhões etc. Esse valor representa 34,75% do total de acidentes ocorridos em apenas oito meses. Da última estatística até o momento, o Departamento não atualizou os números, não sendo possível saber se as ocorrências cresceram ou diminuíram no último ano.
De janeiro a agosto de 2013, 448 pessoas foram vítimas fatais de acidentes com motocicletas, representando 25,34% do total de mortes no trânsito, que foram de 1.768 mortes. Em todo o ano de 2012, foram 887 mortes de motociclistas, de um total de 2.403 óbitos em acidentes com todos os veículos.
O Departamento tem cadastrados no seu sistema aproximadamente 1,5 milhão de condutores portadores de CNH. Desse total, quase a metade é habilitada na categoria A. Destes, cerca de 600 mil estão no interior e 200 mil na capital.
Álcool
Entre os principais exemplos de imprudência identificados pelo órgão está o consumo de álcool por quem vai conduzir o veículo. O resultado disso são os acidentes constantes e as ocorrências registradas nos finais de semana no Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza, para onde são levados grande parte dos acidentados.
O coordenador de equipe de fiscalização do Detran, Ribamar Diniz Bacelar, avalia que as estatísticas preocupantes de vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motocicleta resultam da falta de responsabilidade de uma parcela dos motociclistas. “Nas cidades de médio e grande portes, essa parcela ainda não atentou para os cuidados que se deve ter ao conduzir moto na via pública. Há motociclistas que fazem das ruas e avenidas verdadeiras pistas de corrida. Parece até mesmo que estão disputando algum campeonato. Fazem zigue-zague nas vias, ultrapassam pelo lado direito dos outros veículos, fazem ultrapassagem por um estreito espaço entre dois veículos de quatro rodas em movimento. Não respeitam ônibus e caminhões em subida ou descida de alça de viaduto ou mesmo na conversão à direita ou à esquerda de um cruzamento”, contou o coordenador.
Além disso, ele ressalta que os moradores das cidades distantes da Capital substituíram o animal ou mesmo a bicicleta pela moto. “A exigência da habilidade para conduzir motocicleta é inúmeras vezes maior que a de um condutor de bicicleta ou um montador de cavalo ou jumento”, acrescentou.
A falta de órgãos municipais de transito também é apontada como um dos fatores que contribuem para o aumento de acidentes. Segundo o Detran, apenas 55 dos 184 municípios cearenses possuem departamento municipal de trânsito. De acordo com o órgão estadual, o número de acidentes seria reduzido se houvesse participação maior dos municípios na fiscalização.
Efetividade
Limoeiro do Norte é uma das cidades que possuem o trânsito municipalizado. Para o diretor da unidade, Osmar Oliveira, o número de agentes está reduzido e o trabalho de fiscalização não é realizado como deveria.
“Nós só podemos realizar blitz com o apoio da polícia, que também tem seu efetivo reduzido aqui no município. O que fazemos é um trabalho pontual de trânsito, em alguns locais. Sem dúvida a blitz constante impactaria mais e consequentemente o número de acidentes estaria reduzido”, afirmou.
Sobre números do município, Oliveira informou que somente após 60 dias da solicitação os dados poderiam ser divulgados. De acordo com ele, o trabalho de levantamento em comparação com os anos anteriores ainda está sendo realizado pelo órgãos.
Fonte: Diário do Nordeste
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