Vacina contra Dengue está em fase final de testes

A vacina contra a Dengue está na fase final de testes, sendo aplicada em dezessete mil voluntários em todo o Brasil.

Com o apoio do Ministério da Saúde, a vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantã, em São Paulo.

Embora ainda em fases iniciais, o instituto também já desenvolve vacinas contra Zika e Chikungunya, transmitidos pelo mesmo mosquito da Dengue.

Quem explica é o diretor substituto do Butantã, Marcelo Franco.

“Aqui, no Butantã, nós temos três estudos para vacina da Zika, que estão numa fase agora que a gente chama de fase pré-clínica, ou seja, a gente testa primeiro nos animais. E a gente espera que já no começo do ano que vem entrarmos na fase clínica, ou seja, testar se essa vacina é segura em humanos. Estamos prevendo isso para fevereiro, março do ano que vem. Para Chikungunya ainda não temos uma vacina, temos alguns protótipos de vacina, mas ainda em fase pré-clínica também.”

Paralelamente ao desenvolvimento de vacinas, o Instituto Butantã monitora a entrada no Brasil do Mayaro, um outro vírus transmitido pelo mesmo mosquito da Dengue, Chikungunya e Zika. Segundo Marcelo Franco, o Mayaro é bem parecido com a Chikungunya, só que bem pior.

“Ele também tem a mesma sintomatologia ,tem os mesmos sintomas, e no caso da inflamação que você tem nas articulações no Chikungunya, esse Mayaro provoca uma inflamação muito pior e de longa duração. Então, nos preocupa muito e é transmitido pelo mosquito. Então, é um novo vírus aí que tá começando a aparecer e que nos preocupa também.”

Quanto à vacina contra a Dengue, o diretor substituto do Instituto Butantã disse também que a expectativa para que a vacina é boa, e o resultado deve ser conhecido ainda no primeiro semestre do ano que vem.

Se a vacina for eficaz, ela será registrada e posta na rede pública pelo Ministério da Saúde.

Aí, os estudos vão continuar para saber por quanto tempo as pessoas estarão protegidas da Dengue.

Marcelo de Franco não recomenda que se tome a vacina disponível atualmente nas clínicas particulares.

Segundo ele, essa vacina, que custa quase 140 reais, tem eficácia de apenas 50 por cento. Mais informações no site saude.gov.br/combateaedes.