Connect with us
SSPDS.CE.GOV.BR

Iguatu

MP arquiva inquérito contra delegado de Iguatu investigado por abuso de autoridade e vazamento de informações

Publicado

on

 

Iguatu, CE – 19/09/2025 – A 8ª Promotoria de Justiça de Iguatu decidiu arquivar o inquérito policial que investigava o delegado Weslley Alves de Araújo, da Polícia Civil do Ceará, por supostos crimes de abuso de autoridade, usurpação de função pública e violação de sigilo funcional. O caso estava relacionado às operações Tempestade II e Integridade, deflagradas em 2024, em meio às eleições municipais.

Entenda o caso

As apurações tiveram início após a Operação Tempestade I, em agosto de 2024, que mirava uma organização criminosa de tráfico de drogas em Iguatu, tendo como alvo o traficante Thiago Oliveira Valentim, conhecido como “Thiago Fumaça”. Na ocasião, celulares foram apreendidos e revelaram possíveis vínculos de investigados com crimes eleitorais.

Diante das descobertas, a Polícia Civil deflagrou a Operação Tempestade II, em setembro de 2024, que resultou na prisão temporária da advogada Márcia Rúbia Batista Teixeira. Imagens apreendidas em seu escritório mostraram movimentação de pessoas ligadas à campanha do então candidato a prefeito Roberto Costa Filho, incluindo distribuição de camisetas, material de campanha e entrega de dinheiro.

Paralelamente, a Polícia Federal deflagrou a Operação Integridade, em outubro de 2024, para apurar possíveis irregularidades eleitorais. Entre os alvos estava um imóvel no bairro Altiplano, supostamente vinculado ao candidato a vereador Jocélio Viana (PSD). A investigação, porém, revelou que o local pertencia, na verdade, a Anderson Teixeira, coordenador da campanha de Roberto Filho.

A inclusão desse endereço levantou suspeitas de manipulação por parte da Polícia Civil. Além disso, vídeos e relatórios da operação começaram a circular em redes sociais e portais de notícias, levantando a hipótese de vazamento de informações sigilosas.

Conclusões do Ministério Público

O inquérito instaurado para investigar a conduta do delegado Weslley Alves reuniu depoimentos de policiais civis e federais, além de relatórios técnicos. Após análise, o Ministério Público concluiu que não havia indícios de dolo, motivação política ou fraude na atuação do delegado.

  • Sobre a prisão da advogada Márcia Rúbia, o MP entendeu que a medida foi regular e autorizada judicialmente, sem relação direta com interesses eleitorais.
  • Em relação à busca e apreensão no imóvel do Altiplano, foi reconhecido um erro material na checagem do endereço, mas sem indícios de manipulação ou abuso de autoridade.
  • Quanto ao vazamento de informações, verificou-se que o sigilo externo dos autos já havia sido retirado judicialmente antes da divulgação na imprensa, impossibilitando atribuir responsabilidade ao delegado ou a outro agente específico.

“O material de cunho eleitoral surgiu de forma incidental nas investigações de crime organizado e foi repassado às autoridades competentes, sem evidência de manipulação. O erro no endereço não teve dolo, e o vazamento ocorreu após retirada oficial do sigilo”, destacou o promotor de Justiça Paulo Hilário Aragão Montalverne, autor da decisão.

Arquivamento

Diante da falta de provas, o MP determinou o arquivamento do inquérito em 12 de setembro de 2025, mas ressaltou que as investigações poderão ser reabertas caso surjam novos elementos.

A decisão foi comunicada ao Juízo Eleitoral da 13ª Zona, ao Ministério Público Eleitoral e às partes interessadas.

 

Delegado Weslley Alves afirma que tomará medidas judiciais contra responsáveis por ataques e informações falsas

O delegado de Polícia Civil e cidadão iguatuense, Weslley Alves de Araújo, divulgou uma nota de esclarecimento sobre as acusações feitas contra ele durante a campanha eleitoral de 2024, em Iguatu.

Segundo relatou, seu nome foi alvo de denúncias envolvendo supostos abusos de autoridade, crimes eleitorais, perseguições e buscas ilegais. Os casos foram apurados por quatro órgãos distintos: Ouvidoria da Polícia Civil, Delegacia de Assuntos Internos (DAI), Controladoria Geral de Disciplina (CGD) e Ministério Público do Ceará.

As investigações — administrativas e criminais — se estenderam de outubro de 2024 a setembro de 2025. Nesse período, o delegado apresentou defesa, documentos e relatórios, além de testemunhos de policiais civis e federais que participaram das diligências.

📌 Resultado: todas as denúncias foram arquivadas. O Ministério Público Estadual, após analisar quase 600 páginas de documentos, concluiu que não houve qualquer prática ilícita ou abuso de poder por parte do delegado.

Weslley Alves destacou que sua atuação sempre foi “legal, técnica e pautada na estrita observância da lei” e anunciou que tomará medidas judiciais nas esferas cível e criminal contra os responsáveis por ataques pessoais e pela divulgação de informações falsas.

O delegado finalizou agradecendo o apoio recebido e deixou a mensagem:

“Não há mentira que dure para sempre, assim como não existe verdade que não apareça.”

decisão para baixar – 0202230-19.2024.8.06.0302

RELEMBRE O CASO

Delegado Wesley Alves publica nota sobre afastamento determinado pela Justiça Eleitoral

Balaio de Gatos: Delegado Wesley Alves responde a ameaças e acusações caluniosas do candidato Roberto Filho (PSDB).

Delegado Weslley Alves é Afastado em Caráter Liminar de Investigações Relacionadas a Crimes Eleitorais; Seus Atos Não Foram Anulados

TEMPESTADE II: Polícia Civil encontra indícios de crime eleitoral e encaminha inquérito à Polícia Federal em Iguatu

anúncio

Novidades

anúncio

EM ALTA