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Ração contaminada provoca mortes de cavalos em haras pelo Brasil; entenda o que está por trás da tragédia

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Uma reportagem exibida pelo Fantástico revelou a gravidade de uma tragédia que atinge criadores de cavalos em vários estados brasileiros: a morte de animais após o consumo de ração contaminada. De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), até o momento, foram registradas 245 mortes em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas. Investigações também estão em curso na Bahia e em Goiás. Em um haras do interior paulista, por exemplo, 46 cavalos morreram em apenas dois meses após o consumo da ração fabricada pela empresa Nutratta, que fornecia ao local há cinco anos.

A origem da contaminação foi rastreada até a fábrica da Nutratta Nutrição Animal, em Itumbiara (GO), onde foram detectadas, nas amostras de ração, substâncias tóxicas chamadas alcaloides pirrolizidínicos — mais precisamente a monocrotalina, presente em plantas do gênero crotalária. Esses compostos químicos são altamente tóxicos e causam sérios danos ao fígado dos cavalos. O MAPA confirmou que todos os animais afetados consumiram ração da Nutratta, enquanto os sadios não tiveram contato com o produto.

A crotalária, planta comum no Brasil, é usada para enriquecer o solo entre as safras, mas se não for removida a tempo, pode desenvolver sementes e favas com concentrações perigosas de alcaloides. A monocrotalina é tóxica para todos os animais e seres humanos, afetando principalmente o fígado, onde provoca necrose hepática. Em cavalos, a toxicidade se agrava com o esforço físico, pois os compostos se alojam também nos músculos e ossos, sendo liberados gradualmente na corrente sanguínea e comprometendo ainda mais as funções do organismo.

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