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Ceará pode se tornar o primeiro estado brasileiro a cultivar pistache

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O Ceará pode se tornar o primeiro estado brasileiro a cultivar pistache, uma cultura até então totalmente importada e altamente valorizada no mercado nacional. A iniciativa é liderada por produtores da Serra da Ibiapaba, região de clima mais ameno situada na divisa com o Piauí, considerada uma das poucas áreas do estado com potencial para a adaptação dessa planta exótica. Apesar da promessa, o projeto enfrenta obstáculos técnicos, burocráticos e climáticos, que o pistache exige invernos frios, com temperaturas abaixo de 10ºC por pelo menos dois meses — condição difícil de ser alcançada na região.

Desde 2022, a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) coordena esforços para viabilizar o cultivo, após visitar plantações na Califórnia, maior produtora mundial do fruto. A Faec solicitou à Embrapa a importação de material genético, etapa que ainda não foi concretizada devido à necessidade de autorização do Ministério da Agricultura e ao longo processo de quarentena, que pode durar até 18 meses. Sem o germoplasma e com as pesquisas ainda em fase inicial, o plantio de mudas segue suspenso, e mesmo que os testes sejam bem-sucedidos, a planta alcança produção plena após cerca de dez anos.

Apesar da morosidade, os agricultores mantêm a expectativa de que o Ceará reduza a dependência do pistache importado, cuja demanda interna triplicou nos últimos dois anos. Hoje, 85% do produto consumido no país vem dos Estados Unidos. Pesquisas anteriores apontaram o Nordeste como região promissora para o cultivo, sobretudo em áreas como Petrolina e Juazeiro, mas é o Ceará que atualmente lidera os esforços de inovação. Se as barreiras técnicas forem superadas, a Serra da Ibiapaba pode se tornar o pioneiro polo brasileiro de produção de pistache.

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