Clima adverso reduz safra de grãos no Brasil e afeta soja, trigo, arroz e feijão

A safra de grãos 2023/24 no Brasil deve ser 2,4% menor do que a anterior, com 312,3 milhões de toneladas. Segundo a Conab, o motivo é o clima desfavorável no Centro-Oeste e no Sul, que prejudicou culturas importantes como soja e trigo. O El Niño foi o fator mais determinante para as condições climáticas deste ano.

O arroz foi uma das poucas culturas que teve aumento na produção, de 7,5%, chegando a 10,79 milhões de toneladas. A maior área plantada e a recuperação da produtividade contribuíram para o resultado. Porém, o excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, atrapalhou a semeadura e o manejo da cultura.

O feijão teve cenários diversos nas lavouras da primeira safra pelo país. Em São Paulo, a irrigação amenizou os efeitos do calor e da seca. Em Minas, o clima irregular trouxe impactos negativos. A produção total das três safras da leguminosa deve ser de 3,1 milhões de toneladas.

A soja foi a cultura mais afetada pelo clima. O plantio atrasou em todas as regiões produtoras e a produtividade deve cair no Centro-Oeste. Em Mato Grosso, as lavouras ainda se desenvolveram bem, apesar da pouca chuva. Em Goiás, Minas, Matopiba e Rio Grande do Sul, a área plantada ficou bem abaixo da safra passada.