Iguatu
21 de Maio: ‘Centenário de Nascimento’´de Icléia Maia Lima Verde
[caption id="attachment_3306" align="alignleft"]Icléia Maia Lima Verde faria 100 anos neste dia 21 de Maio[/caption]Se fosse viva, a matriarca da família Maia Lima Verde, Icléia Maia Lima Verde completaria 100 anos de vida neste dia 21 de Maio.
Se fosse viva, a matriarca da família Maia Lima Verde, Icléia Maia Lima Verde completaria 100 anos de vida neste dia 21 de Maio.
Ela, mulher idônea, dedicada à família, a fé e à caridade dos mais necessitados foi uma mulher à frente do seu tempo. Na segunda, 20, dois dos sete filhos de Icléia, Ilva e Cláudio concederam entrevista à Rádio Mais FM para falar sobre a data.
Durante a entrevista, Cláudio e Ilva relataram para os milhares de ouvintes da emissora sobre quem foi Icléia Maia Lima Verde; mãe, mulher e guerreira, que n unca se curvou diante dos obstáculos. Educou seus filhos ensinando-lhes sempre os melhores exemplos, inclusive levando-os para a igreja para agradecer a Deus por tão grandiosa obra em suas vidas.
Tendo vivido toda a sua existência no mesmo endereço, na casa da Rua Dr. João Pessoa, ao lado da Igreja Matriz de Iguatu, Icléia Maia Lima Verde, foi a própria referência de cidadã, mulher honrada e cristã. Seus descendentes não têm dúvidas de que seu legado ainda será lembrado por muitas gerações, essas que ela ajudou a construir.
Sobre seu legado, sua estada aqui, seus atos, sua vida, quem melhor escreveu sobre ela foi seu sobrinho, João Maia Nogueira, que assim descreveu: “Há cem anos, no dia 21 de maio de 1913, nascia Icléa, primogênita do casal João Ferreira Maia e Maelete Varela Maia. Integrava ainda a família: Aldacy, Azenete, minha mãe, Olda e Ruth.
Icléa cursou a escola de seu tempo na terra natal, Iguatu, e num breve período em Fortaleza. Inteligente e aplicada, destacava-se entre os melhores alunos da sua turma, razão porque mal terminava a adolescência foi aprovada em concurso público para os Correios e Telégrafos, sagrando-se primeiro lugar entre muitos concorrentes. Renunciou, entretanto, ao cargo que deveria assumir na capital, em deferência ao noivado.
Pouco tempo depois, estava consorciada com o primo Ismael Lima verde, ambos trinetos do Padre Joaquim Ferreira Lima Verde, da primeira união deste com Cosma Maria – o pai de Icléa, João, era irmão de Ana Jesuína, mãe de Ismael. Este tinha ainda outra origem no padre: era seu neto, porque filho do filho Celso Ferreira Lima Verde, fundador da farmácia que adotou o nome da família, notável político dos tempos idos de Iguatu, o qual procedia de Joaquim com a segunda mulher Maria Vicência. O lado feminino da família, diferente entre as mães, entrecruzou-se nesta geração passando a ter três origens no sacerdote. Incluídos nessa herança Vilma, Ilva, Paulo Celso, Cláudio, Válder e Ismael Júnior, filhos de Icléa, hoje com descendência na quarta linhagem.
A tia exerceu atividade comercial ao lado do esposo na vetusta Farmácia Lima Verde, herança da família e fundada ainda no Império, continuando por algum tempo depois, após o falecimento de Ismael, em 1963. O comércio nunca foi seu forte. Tinha sempre a preocupação de não exorbitar nos preços, ajudava frequentemente de alguma forma os desvalidos, denotando constrangimento quando nada podia fazer.
Sua ação social foi destaque no seio da Igreja Presbiteriana de Iguatu, onde exerceu por mais de meio século cargos importantes na administração do templo. Várias foram as famílias evangelizadas por suas palavras de exortação, exemplo de vida e fé. Cultivou campos, lançou sementes, viu frutificar a seara do Senhor.
Aquela mulher tinha um coração ilimitado de amor, caridade, hospitalidade. As portas do seu lar sempre estiveram abertas para os humildes que dele se aproximassem, ou familiares que por lá estivessem de passagem. Pousada de pastores e de sobrinhos. Minha irmã Neide, precisando estudar, morou com ela sete anos. Eu mesmo, já como médico, indo de Orós para Iguatu dar plantão no antigo SAMDU, privei do seu afetuoso acolhimento.
Várias foram as ocasiões em que Deus provou tia Icléa. Deu-lhe momentos difíceis em sua vida de profundas tristezas e extremos sofrimentos, mas que não lhe arrefeceram a fé. Além das perdas do esposo amado e da mãe idolatrada, viu-se, mais tarde, atingida no seu mais profundo sentimento quando Ele tirou-lhe dois de seus queridos filhos. Presenciei um momento pungente dessas dores quando ao lado da estimada nora, Deus levou Paulo. Cena tão forte que ficou indelével na minha memória. Adiante passou por aflição e pesar não menor, pela forma inusitada e desumana quando Válder foi para o outro lado da vida. Apesar de tudo isso, ela ficou inabalável naquilo que acreditava. Frequentemente repetia as palavras de Jó: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. O Senhor deu, o Senhor tirou, bendito seja o nome do Senhor.”
Próximo de sua viagem à Glória Celeste, estive com mamãe a visitando. Estava tranquila, consciente do dever cumprido. Divisava ao longo o Jordão que iria atravessar, confiante na graça eterna de Deus e na sua promessa que diz: “Eu te tomo pela mão direita, eu te ajudo, confia em mim.”
Repousou em Cristo, no dia 28 de junho de 1998. Órfãos ficamos todos nós da família; desolados os amigos; desfalcada a Igreja a que tanto de dedicou. Conforta-nos saber que apenas dorme, certamente ressuscitando no último dia. Nesta ocasião celebramos o centenário de seu nascimento agradecendo a Deus pelo dom da sua vida”.
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