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Um ianomâmi morreu e outro ficou ferido num suposto ataque de garimpeiros

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A Polícia Federal confirmou ontem que um ianomâmi morreu e outro ficou ferido num suposto ataque de garimpeiros que agem ilegalmente na terra indígena. O ferido foi levado em estado grave a um hospital em Boa Vista, na capital do estado. A PF foi ao território investigar uma denúncia de que três jovens ianomâmis tinham sido assassinados pelos invasores. O terceiro indígena não foi encontrado por ter sido levado do local por outros integrantes da etnia.

Sem receber insumos para continuar com o garimpo ilegal, como combustíveis e alimentação, os invasores que continuam na reserva indígena estão pegando os alimentos doados aos povos ianomâmis, afirma a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Lúcia Alberta Andrade. Ela conta que os garimpeiros chegam a usar a violência para conseguirem os mantimentos.

Técnicos do Distrito Sanitário Especial Indígena relataram em dezembro do ano passado que não havia profissionais suficientes para lidar com a desnutrição nas terras ianomâmi, segundo documento obtido pela CNN Brasil. Para agilizar a resposta do governo federal à crise humanitária, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, disse que haverá uma intervenção federal no distrito onde está aquele povo, devendo contar ainda com um interventor na Funai. Ela também teme que garimpeiros contaminados possam espalhar malária, DSTs e outras doenças em Boa Vista (RR), ao saírem da região atual.

Um levantamento do MapBiomas mostra que o território ianomâmi tem 75 pistas de pouso, a maior quantidade encontrada entre as terras indígenas da Amazônia. Destas, 33,7% estão a 5 km de algum garimpo ilegal dentro da área protegida. Ao todo, são 2.869 pistas dentro da Amazônia, mais do que o dobro registradas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sendo 804 delas em unidades de conservação e terras indígenas.

Para que os garimpeiros saiam voluntariamente do território indígena, em Roraima, a Força Aérea Brasileira (FAB) criou três corredores aéreos com cerca de 11 km para voos privados na região durante uma semana. Os aviões não poderão sair desse limite. Segundo a FAB, a medida visa garantir uma saída ordenada dos invasores. Um decreto do presidente Lula, na semana passada, determinou o controle do espaço aéreo nas terras ianomâmis pela Aeronáutica.

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