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Salários na Prefeitura de Iguatu chegam a 57 mil reais

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Em uma cidade onde a realidade econômica já é um desafio diário, os contribuintes de Iguatu agora enfrentam uma nova e alarmante preocupação: os super salários na prefeitura, que ultrapassam a marca de 57 mil reais. Uma missão para o Ministério Público local: os exorbitantes ganhos dos funcionários municipais e o inchaço financeiro em ano eleitoral.

Os números falam por si só: salários que chegam perto de 58 mil reais na prefeitura e, no SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), vimos valores de 20 mil, 15 mil e 12 mil reais. Os detalhes estão disponíveis no Portal da Transparência, onde, em busca, qualquer cidadão pode testemunhar com seus próprios olhos. De janeiro a abril deste ano, a folha de pagamento sofreu um aumento vertiginoso, provocando uma diferença de mais de 3,5 milhões de reais em relação a abril. Para contextualizar, são 4645 servidores, gerando uma despesa mensal de mais de 15 milhões de reais, um número alto em comparação com os recursos disponíveis.

Funcionários ganhando mais que o prefeito

A discrepância é quando observamos que cerca de 40 funcionários municipais ganham mais do que o próprio prefeito, cujo salário é de 12 mil reais. Em janeiro, tínhamos 3.318 servidores, com um total de mais de 12 milhões em pagamento. Em fevereiro, esse número saltou para 3.747, ultrapassando os 14 milhões. Em março, a situação atingiu seu ápice, com 4.502 servidores e um custo que supera os 15 milhões de reais. E a escalada parece não ter fim, com abril registrando 4.645 servidores e uma despesa astronômica de R$ 15.859.812,32 reais, representando um aumento de mais de 3,5 milhões em relação ao período inicialmente observado e cerca de 1.327 servidores a mais.

Em uma cidade onde a prefeitura se destaca como o principal empregador, as consequências de um possível colapso financeiro são devastadoras. A quebra, inclusive, é um risco iminente, especialmente com a recente tomada de empréstimo da CAF (Corporação Andina de Fomento). As opções são sombrias: demissões em massa para reequilibrar as contas ou a esperança em um milagre. Em ambas as alternativas, o comércio local poderá sofrer as consequências, potencialmente desencadeando uma onda de demissões na iniciativa privada. Enquanto isso, Iguatu perde oportunidades de investimento, como o recente caso da QAIR, empresa de geração de energia solar, que poderia trazer 1,5 bilhão de reais e 1500 empregos para Iguatu e foi se estabelecer no Icó.

Salário médio mensal na cidade é de 1,6 salários mínimos

Em 2021, o salário médio mensal era de 1,6 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 16,26%. Isso coloca Iguatu em posições modestas no panorama estadual, ocupando respectivamente as posições 93 de 184 e 18 de 184. Esses dados do IBGE lançam luz sobre a vulnerabilidade econômica da cidade, tornando ainda mais chocante a disparidade entre os salários na prefeitura e a média salarial local.

Os super salários não são apenas uma questão de injustiça social, mas também uma bomba-relógio econômica que ameaça explodir a qualquer momento. A Prefeitura não se manifestou. O TCE em 23/10 de 2023 já havia recomendado que essas disparidades fossem corrigidas, mas em 2024, pelo analisado, alguns salários tiveram seus valores brutos aumentados e aumentou o número de pessoas ganhando mais que o prefeito, estima-se em mais de 40.

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