Iguatu

Professor aproveita as folgas e as sobras com artesanato

[caption id="attachment_19992" align="alignnone" width="800"]Créditos da Imagem: Iury Sarmento[/caption]

Há alguns anos, o professor de línguas inglesa e portuguesa Weber Andrade desenvolve uma atividade que além de preencher as suas horas de folga, ainda funciona como uma reciclagem.

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Créditos da Imagem: Iury Sarmento

Há alguns anos, o professor de línguas inglesa e portuguesa Weber Andrade desenvolve uma atividade que além de preencher as suas horas de folga, ainda funciona como uma reciclagem.

Com restos de madeira, ele faz esculturas em miniatura. Um pequeno acervo está em exposição numa das salas do cursinho Fênix, onde ele leciona. 

“Ultimamente eu tenho produzido muito, porque apareceram algumas pessoas interessadas em fazer oficinas”, empolga-se. O professor produziu cerca de 25 peças num único mês, para colocar em exposição. E são vários os temas que o inspiram. Utilizando-se de pedaços de casca de uma cajazeira que morreu no pátio da escola Antonio Albuquerque, onde também trabalha, o professor tem muita mão-de-obra. Nesta escola, ele também expôs parte de sua obra. 

Processo

“São muitos temas, normalmente temas literários” que ele reproduz em suas peças. A inspiração surge e o artesão segue seus instintos. Simplesmente obedece ao comando dado pela própria peça, que ainda nem ficou pronto, mas já se materializou em sua mente. “Na maioria das vezes, o pedaço de madeira é quem inspira a gente”, revela. 

Tempo

O processo de esculpir não é demorado. O rosto de Sócrates levou apenas 22 minutos para ficar pronto. Mesmo com a complexidade que uma peça pode requerer, ele não leva mais que duas horas para finalizar. Uma reprodução do Totem do Perdão deu bastante trabalho ao professor/artesão. A peça tem vários símbolos, bem pequenos. 

Outras reproduções que Weber já tem na coleção são Iracema, Moema, Vidas Secas e O Quinze, além de uma homenagem à sua esposa, grávida. Além desses, há outros trabalhos, como uma caricatura de Carlos Drumond de Andrade, o pé do Abaporu, de Tarsila do Amaral. Junto de cada peça há uma tarja que detalha e/ou explica a obra.  

Homenagem

Weber frisa uma homenagem especial dentre as pequenas peças de madeira: “O Violão Calado”, reprodução ao seresteiro iguatuense Assis Galdino, mais conhecido como Moreno. O autor da homenagem argumenta que há muitas reverências a ilustres iguatuenses, como Humberto Teixeira, Evaldo Gouveia e o maestro Eleazar de Carvalho. Para ele, faltava dar um maior reconhecimento ao menestrel, que apresentava um programa de rádio nas tardes de sábado, em que executava canções ao vivo. 

Realização 

“Eu me sinto realizado”, comemora o professor. Weber dedica todo seu tempo vago a essa atividade. Ele tem algumas peças prontas, e pensa o que mais pode surgir. Leituras e internet o inspiram para novas reproduções. 

 

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