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Produtores de Iguatu e região têm ‘Dia de Campo’ sobre silagem de pasto nativo

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Produtores que compõem a bacia leiteira de Iguatu e Região Centro-Sul tiveram na última terça-feira, 09, a oportunidade de participar de um ‘Dia de Campo’ sobre produção de feno e silagem de capim nativo. O momento oportunizado pela CLB-Companhia de Laticínio Betânia tinha como objetivo sensibilizar os criadores a incluírem esta prática nas atividades rurais durante o inverno, aproveitando ao máximo possível o pasto verde para fazer silagem a baixo custo para o segundo semestre.

O dia de campo aconteceu na Fazenda Cedrinho, zona rural de Iguatu, e reuniu 250 produtores que compõem a bacia leiteira, formada por 12 municípios da Região Sul do estado. “É um ano para boa forragem, e geralmente o produtor perde grande parte desse pasto em mais 50%. Precisamos incutir essa cultura seja e aproveitar o que a natureza nos deu, seja captando esse pasto por meio silos ou fazer fardos de feno e guardar para o segundo semestre e destinar às vacas leiteiras”, adiantou Zuza de Oliveira, agrônomo e consultor da CLB.

O que é silagem?

A silagem é o alimento conservado e utilizado na alimentação dos animais. São plantas fermentadas e armazenadas em silos, em um processo conhecido por ensilagem. Quando bem feito, o valor nutritivo da silagem é semelhante ao da forragem verde. Sua função mais importante é a reserva de alimento para os animais. Iguatu foi o terceiro município a receber a visita de campo da empresa, os primeiros foram Quixeramobim e Jaguaribe respectivamente.

Mercado e potencialidade

A empresa de laticínios, conforme o consultor, direciona sua captação de produtores familiares. “A Betânia capta 500 mil litros de leite em todo o estado, que forma um total de 26% do que é produzido no Ceará. E 75% do que captamos são de produtores familiares que produzem até 50 litros. Iguatu e região possui um solo muito bom para produção de pastagem de qualidade se comparada a Quixeramobim, que é muito mais seco, mas produz muito mais leite. Iguatu tem potencialidade que precisa ser trabalhada”, afirmou Zuza.

O evento conta com o apoio da Secretaria de Agricultura e Pecuária de Iguatu, do campus do IFCE em Limoeiro do Norte, Nutron, Matsuda, Unidade de Pecuária Iguatuense (UPECI), Fazendas Cedrinho e Floresta.

As secretarias de Agricultura dos municípios da região enviaram representantes, assim como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (EMATERCE). Para o gerente regional da EMATERCE, Joaquim Virgulino, “não há necessidade de grandes investimentos, máquinas, para a produção de feno e ensilagem. Apoiaremos com pequenas tecnologias. É possível fazer esse procedimento com técnicas tradicionais e pequenos equipamentos e eficazes do mesmo modo que com o uso de maquinários de grande porte”, ressaltou.

20 anos

Francisco Fernandes, produtor leiteiro na região do Icó e no Cariri, disse que usa a técnica há 20 anos. Ele destacou a importância da produção de feno e silagem aproveitando o capim nativo para alimentar o rebanho no período de escassez de forragem. “Sempre é bom atualizar os conhecimentos. Espero colocar em breve as novas práticas”, contou.

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