Ministério da Saúde autoriza o transplante de medula óssea alogênico para o estado do Ceará

A equipe do Ministério da Saúde autorizou o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará a realizar o transplante de medula óssea alogênico no Ceará. O procedimento conta com a parceria do Hospital Universitário Walter Cantídio. Com a implantação desta nova técnica, prevista para o 1º semestre de 2014, não haverá mais a necessidade de encaminhar pacientes para Atendimento Fora de Domicílio (TFD), em outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Desde setembro de 2008 que o Hemoce e o Hospital das Clínicas realiza o transplante autólogo (aquele em que o paciente recebe suas próprias células, já sadias) somando mais de 100 pacientes assistidos em todo o estado até a presente data. Foram dois transplantes em 2008, sete em 2009, quatorze em 2010, dezessete em 2011, vinte e seis em 2012 e este ano, já foram realizados trinta e quatro transplantes, superando a marca do ano anterior. Em 2012 o Hemoce em parceria com o Hospital das Clínicas iniciou a coleta em doadores para transplante de medula óssea alogênico, não aparentado. O procedimento que antes era realizado somente no hemocentro de Natal e Recife, na região nordeste, passou a funcionar também no Ceará.

Segundo Dr. Fernando Barroso, médico hematologista, responsável pelo Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário – BSCUP, o transplante alogênico requer cuidados especiais “um novo desafio começou e estamos eufóricos em providenciar toda a estrutura necessária para oferecer ao estado do Ceará um transplante alogênico com alto padrão de qualidade. Esse tipo de transplante requer mais cuidado, pois o risco de rejeição do paciente é maior do que no transplante autólogo”, disse. Dra. Luciana Carlos, diretora do Hemoce, acompanhou a equipe do Ministério da Saúde e declarou “o estado está se habilitando a realizar um procedimento que é muito delicado. O Hemoce tem se destacado no contexto nacional quanto ao seu serviço de hemoterapia e, com este reconhecimento do Ministério da Saúde, estamos empenhados em alinhar todos os nossos processos para prestar suporte adequado a este novo serviço. É um desafio muito grande, mas é principalmente uma grande conquista para os pacientes”.

Foram cinco anos, desde o primeiro transplante de medula óssea realizado em nosso estado, uma pequena marca de tempo que traz a evolução de um serviço. O que fez com que a Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes (CGSNT), do Ministério da Saúde reconhecesse, este ano, o Hemoce como uma instituição colaboradora no desenvolvimento de projetos e esforços empreendidos na promoção e qualificação do processo de doação e transplantes no Brasil. Este reconhecimento foi oficializado através de Portaria nº 1080/2013 e entrega do selo “Organização Parceira do Transplante”. 

CADASTRO PARA DOADORES DE MEDULA ÓSSEA 

O Hemoce é responsável pelo cadastro dos doadores de medula óssea desde o ano 2000. Atualmente, a Hemorrede Estadual possui mais de 119 mil pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). É importante ressaltar que quanto maior o número de pessoas cadastradas, maiores as chances de encontrar um doador compatível. A compatibilidade entre o doador e o receptor é definida por um conjunto de genes, que devem ser iguais. Além disso, a chance de se encontrar um doador na família, como irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de apenas 25%.

Para se cadastrar como doador de medula óssea é necessário:

– Ter entre 18 e 55 anos;

– Estar bem de saúde;

– Não ter tido câncer;

– Não ter comportamento de risco para DSTs;

– Apresentar documento de identidade e comprovante de endereço

Assessoria de Comunicação do Hemoce