Iguatu
IGUATU DESPENCA NO RANKING DO ICMS E EXPÕE FALHA GRAVE NA CAPTAÇÃO DE NEGÓCIOS
A nova tabela do Índice de Participação dos Municípios (IPM) de 2025, divulgada pela Secretaria da Fazenda, acendeu um alerta vermelho para Iguatu. O município apareceu apenas na 32ª posição entre os 184 municípios cearenses, com um índice de 0,662115, desempenho muito abaixo do esperado para uma cidade considerada polo regional e com forte potencial econômico.
Enquanto cidades de porte semelhante — ou até menores — avançaram na captação de investimentos, ampliação produtiva e fortalecimento tributário, Iguatu simplesmente não acompanhou o ritmo. O resultado é um tombo que revela, de forma clara, desorganização administrativa, falta de planejamento econômico e baixa eficiência na geração de negócios, pilares que alimentam diretamente o valor adicionado e, portanto, a fatia de ICMS repassada ao município.
➤ O que os números expõem
Os dez primeiros colocados são dominados por municípios que estruturaram políticas agressivas de atração de empresas, incentivos ao setor industrial e modernização tributária. Fortaleza, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante, Caucaia, Sobral e Eusébio concentram grandes plantas produtivas, cadeias logísticas e redes varejistas robustas.
Já Iguatu vive o oposto:
- Não ampliou sua base produtiva.
- Não conseguiu atrair novos empreendimentos de peso.
- Perdeu força no varejo e na indústria local.
- Estagnou na geração de valor agregado.
O índice de Valor Adicionado Fiscal (VAF) — principal componente do ICMS — mostra que Iguatu até movimenta cifras expressivas, mas sem crescimento proporcional ao restante do estado, o que reduz sua participação relativa. Pior: outras cidades passaram na frente com projetos concretos, enquanto Iguatu segue apostando apenas na economia tradicional, sem renovação.
➤ Consequências imediatas
A queda no ranking significa, na prática:
- Menos recursos de ICMS entrando nos cofres da prefeitura.
- Menos dinheiro para saúde, educação e infraestrutura.
- Menor competitividade para investimentos futuros.
Em outras palavras: o município fica mais pobre enquanto os vizinhos ficam mais fortes.
➤ Falha de gestão e ausência de política econômica
Especialistas apontam que o drama de Iguatu não é falta de potencial, mas sim falta de direção.
Enquanto cidades vizinhas criam distritos industriais, incubadoras e programas de fomento, Iguatu continua sem:
- Política estruturada de desenvolvimento econômico.
- Planejamento para atrair empresas.
- Modernização no atendimento ao setor produtivo.
- Estratégias para ampliar o VAF e diversificar a economia.
- Sofrendo com corrupção.
Além disso, há reclamações do próprio setor empresarial acerca de burocracia, demora em licenciamentos e pouca articulação entre prefeitura e investidores.
➤ O alerta que a gestão não pode ignorar
O resultado da Portaria 427/2024 é mais do que um ranking: é um diagnóstico.
Iguatu não consegue transformar seu potencial em receita, perde espaço para cidades que trabalham com planejamento e, se nada mudar, o município continuará a ver sua participação minguar ano após ano.
Se a prefeitura não encarar esse cenário com seriedade, o desastre tributário de hoje será o colapso financeiro de amanhã.
Top 10 municípios no Índice 2025 (da Portaria 427/2024)
Ranking por maior índice geral:
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Fortaleza – 24.519906
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Maracanaú – 5.967846
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São Gonçalo do Amarante – 4.915491
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Caucaia – 3.673657
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Sobral – 2.397865
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Eusébio – 2.097880
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Aquiraz – 1.941901
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Horizonte – 1.583633
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Juazeiro do Norte – 1.524327
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Itaitinga – 0.969244
Ceará registra alta de 9,3% na arrecadação de ICMS no primeiro bimestre de 2024 e se mantém entre os 14 estados que mais arrecadam no país
O Ceará apresentou um desempenho positivo na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no primeiro bimestre de 2024. Segundo dados oficiais, o Estado registrou crescimento de 9,3%, alcançando uma receita de R$ 3,08 bilhões no período.
O aumento ocorre após a elevação da alíquota modal de ICMS para 20%, medida adotada como forma de recompor receitas e equilibrar as finanças estaduais. Com a nova alíquota, o Ceará fechou o acumulado anual anterior com aproximadamente R$ 20,2 bilhões arrecadados em ICMS.
O desempenho coloca o Ceará entre os 14 estados que mais arrecadam ICMS no Brasil, consolidando sua posição no grupo das unidades federativas com maior capacidade de geração de receita própria.
O resultado reforça a importância do ICMS para o financiamento das políticas públicas estaduais — especialmente saúde, educação, segurança e infraestrutura — e indica uma recuperação consistente do fisco cearense em meio às mudanças econômicas recentes.
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