Escola de Iguatu investe na instalação de placas fotovoltaicas

Sustentabilidade, energia limpa, qualidade de vida. Estes estão entre os assuntos que têm se tornado pauta entre os meios de comunicação, ambientalistas, políticos, engenheiros ambientais ou organizações não governamentais voltadas para o bem-estar social.  Pensado nisso, a inciativa privada em Iguatu, por meio de uma unidade de ensino particular, volta suas atividades à tecnologia de captação de ‘energia limpa’ não só visando à redução das tarifas de consumo, mas para associar a instituição a políticas ambientais.

Um dos principais aliados de projetos que conhecemos durante a produção desta reportagem está a 150 milhões de quilômetros da Terra: o Sol. E há uma palavra que você lerá bastante: fotovoltaica. Projetos que envolvem sistemas fotovoltaicos – que geram eletricidade a partir do Sol – destacam-se em condomínios, empresas de grandes centros urbanos e agora no colégio Pólos da cidade de Iguatu que deu início à instalação das placas do sistema.

A empresa responsável pelo desenvolvimento do projeto no colégio é a ‘Fenix Solar’ com sede fixa em Fortaleza e tem como sócio-proprietário o iguatuense Rafael Teixeira. Ele adiantou ter como meta instalar um escritório na cidade para atender a demanda da cidade e região. “O colégio Pólos é o nosso primeiro cliente, mas já temos perspectivas de instalar em curto prazo uma representação da empresa na cidade diante do potencial econômico da região”, disse.

A tecnologia envolve sistemas fotovoltaicos, que geram eletricidade a partir da luz do sol – (Foto Divulgação/Mais FM)

Energia própria

A reportagem não foi informada oficialmente pela escola do montante investido. “Por questões de ética não estou autorizado a adiantar os valores que eles investiram incialmente, mas posso assegurar que é compensador. Hoje se tem linhas de créditos que podem facilitar a idealização desses projetos. Digamos que uma empresa tenha o consumo de R$ 10 mil mensais, o projeto em funcionamento zera esse valor, ficando somente com as parcelas do financiamento de R$ 7 a R$ 8 mil, conforme o projeto e a complexidade da instalação. Há financiamentos que vão de R$ 500 mil a R$ 14 mil”, disse Rafael.

Cerca de 677 m² do teto do colégio receberá um total de 358 placas e 4 inversores. “Aqui eles produzirão energia própria e não terão mais que sofrer com a instabilidade de tarifas anuais impostas pelas geradoras de energias que vão de 10 % a 8 % em média. Hoje o colégio pagará somente pelo consumo mínimo de 100 W (watts) que é o equivalente a R$ 71,00, mais taxa de iluminação pública”, disse.

Uma equipe de nove pessoas, composta por profissionais de segurança, engenheiros elétricos e civis fazem parte da equipe de instalações que prevê a finalização dos trabalhos e funcionamento do sistema fotovoltaicos para os próximos 20 dias. “Estamos dentro do que foi planejado. Nossa missão é terminar com zero acidentes, meta essa que cumprimos há um ano, seguindo a risca os padrões que nos regem, buscando a todo custo nos estimular e conscientizar que a prevenção é salvar vidas”, ressaltou Amadeu Alexandre, técnico em segurança do trabalho.

Impacto

Conforme a empresa, o impacto positivo da medida após a produção energia limpa será o equivalente ao plantio de 80 a 100 árvores anualmente no ecossistema, hoje a instituição consome no ano em média 13.200 kWh.

Crédito de consumo

A instalação do sistema de geração particular de energia possibilitará que o colégio compartilhe o que produz com a ENEL Distribuição Ceará, por meio do Sistema de Compensação de Energia. Dessa forma, a unidade geradora instalada produz para o consumo e o que não for utilizado é repassado ao sistema da distribuidora. Isso se transforma em crédito, que será abatido das próximas contas. “Todo esse processo é regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, assegurou Rafael.

De acordo com Rafael, o perfil do seu consumidor varia e independente do valor do investimento a garantia é a mesma. “A instalação de placas de geração de energia respeita as regras das concessionárias; e ainda garante a manutenção. O tempo médio de vida útil de uma usina fotovoltaica é de 25 anos, com base na experiência comercial da Alemanha, país que possui larga tradição em geração particular de energia. Na cidade já fomos procurados por concessionárias e população de modo em geral que querem instalar o equipamento em suas residências. Afirmo que isso é futuro”, assegurou.

BNB/Financiamento

Através da linha de financiamento FNE Sol, o Banco do Nordeste possibilita a empresas de todos os segmentos a angariar recursos para investir em equipamentos de produção de energia solar, com prazo de carência de até 01 ano e taxa de juros variando de 11,18% a 12,95% a.a., para micro, pequenas, médias e grandes empresas. A nova linha utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e tem prazo de pagamento de até 12 anos. O investimento pode ser financiado em até 100% e com bônus de adimplência de 15%. Podem ser financiados sistemas completos envolvendo geradores de energia, inversores, materiais auxiliares e instalação.

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